terça-feira, 30 de outubro de 2012

A Espada do Espírito

No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça;
E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.



Efésios 6:10-17

Eu estou vestida com as roupas e as armas de Jorge


Identificando o melhor caminho...

O mal é sempre um círculo fechado sobre si mesmo, guardando temporariamente aqueles que o criaram, qual se fora um quisto de curta ou longa duração, a dissolver-se, por fim, no bem infinito,à medida que se reeducam as Inteligências que a ele se aglutinam e se afeiçoam. O Senhor tolera a desarmonia, a fim de que por intermédio dela mesma se efetue o reajustamento moral dos espíritos que a sustentam, de vez que o mal reage sobre aqueles que o praticam, auxiliando-os a compreender a excelência e a imortalidade do bem, que é o inamovível fundamento da Lei. Todos somos senhores de nossas criações e, ao mesmo tempo, delas escravos infortunados ou felizes tutelados. Pedimos e obteremos, mas pagaremos por todas as aquisições. A responsabilidade é princípio divino a que ninguém poderá fugir.
 
 



(Entre a Terra e o Céu - Francisco Cândido Xavier )


A voz inarticulada do Plano Divino...

A Lei é viva e a Justiça não falha! Esquece o mal para sempre e semeia o bem cada dia!...Ajuda aos que te cercam, auxiliando a ti mesmo! O tempo não pára,e, se agora encontras o teu "ontem", não olvides que o teu "hoje" será a luz ou a treva do teu "amanhã"!...
 
 
 
 
(Emmanuel - Entre a Terra e o Céu - Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

24 de outubro de 1930 - Eclode a Revolução de 30. Washington Luís é deposto



A Nação está em armas de Norte a Sul, já retalhada, ensangüentada, anseia por um igual que faça cessar a luta inglória, que faça voltar a paz”, escreveu o General Mena Barreto a Washington Luís, em uma carta que exigia a renúncia dele à Presidência.

O ar respirado naquela decadente República do Café com Leite era de traição e hostilidade. Os ventos da mudança, soprados de diferentes direções - Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul - estavam fortes a ponto de derrubar o castelo de cartas construído sobre os pilares do voto de cabresto, corrupção e alianças coronelistas, que caracterizaram tão bem os primeiros anos da República brasileira.

Em 24 de outubro de 1930, no Rio de Janeiro, o presidente Washington Luís sentiu na pele o peso da traição na sucessão presidencial e sofreu um duro golpe de estado, que culminou na instauração de uma Junta Militar e, ao fim do mês, o triunfo de Getúlio Vargas como presidente da nação.

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O intuito do golpe era de impedir a posse de Júlio Prestes, Presidente eleito após um desrespeito da aliança política entre São Paulo e Minas Gerais. Como era costume em todos os primeiros anos da República, Minas e São Paulo (os mais férteis centros econômicos do país e que também possuíam o maior colégio eleitoral) se alternavam no poder: a cada eleição presidencial, um estado elegia um governante federal e o outro, seu vice.

Esta política era sustentada pelo coronelismo em escala regional: senhores de terra, coronéis em suas fazendas, conseguiam votos de todos os seus trabalhadores para determinado político que, por meio de troca de favores e jogos de influência, agradava ao chefe do eleitorado em alguma instância. Firmada a aliança, os votos - abertos e não universais - estavam garantidos.

O caso é que nesta eleição de 1930, Washington Luís deveria apoiar o candidato mineiro Antônio Carlos de Andrada, mas optou por lançar outro paulista à Presidência: Júlio Prestes. A cúpula política de Minas Gerais, traída, articulou um golpe com a do Rio Grande do Sul - cansado de ficar de fora do quadro federal - e a de Paraíba - cujo candidato à vice-presidente de Getúlio Vargas nas eleições de março, João Pessoa, tinha sido assassinado três meses antes.

O golpe, conhecido como Revolução de 30, modificou de vez a estrutura política da República brasileira ao colocar no poder um homem que, apesar de ter suspenso parcialmente a democracia durante 15 anos, permitiu que as bases do coronelismo fossem destruídas pela instauração do voto secreto. Tinha início a Era Vargas.
 
(www.jblog.com.br )

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Nossa Mensagem

 

Cruz e Souza (1861-1898)
 
Essa mensagem de esperança e vida
Que endereçamos da imortalidade,
É a lição luminosa da Verdade
Que a Humanidade espera comovida.
Guardai a voz da Terra Prometida,
Nos exílios do pranto e da saudade;
Conservai essa vaga claridade
Da luz da eternidade indefinida.
Todo o nosso trabalho objetiva
Dar-vos a fé, a crença persuasiva
Nos caminhos da prova dolorosa.
Sabei vencer entre as vicissitudes,
Como arautos de todas as virtudes,
Sobre as ressurreições da alma gloriosa.

(Do Livro Parnaso de Além-Túmulo,
 psicografado por Chico Xavier)

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Deixe a raiva secar...

Certa vez uma menina ganhou um brinquedo no dia do seu aniversário.

Na manhã seguinte, uma amiguinha foi até sua casa lhe fazer companhia e brincar com ela. Mas a menina não podia ficar com a amiga, pois tinha que sair com a mãe.
A amiga então pediu que a menina a deixasse ficar brincando com seu brinquedo novo.
Ela não gostou muito da idéia, mas, por insistência da mãe, acabou concordando.
Quando retornou para casa, a amiguinha não estava mais lá: tinha deixado o brinquedo fora da caixa, todo espalhado e quebrado.
Ela ficou muito brava e queria porque queria ir até a casa da amiga para brigar com ela.
Mas a mãe ponderou:
- Você se lembra daquela vez que um carro jogou lama no seu sapato?
Ao chegar em casa você queria limpar imediatamente aquela sujeira, mas sua avó não deixou.
Ela falou que você devia primeiro deixar o barro secar. Depois, ficaria mais fácil limpar.
Com a raiva é a mesma coisa.
Deixe a raiva secar primeiro, depois fica bem mais fácil resolver tudo.
Mais tarde, a campainha tocou: era a amiga trazendo um brinquedo novo.
Disse que não tinha sido culpa dela, e sim de um menino invejoso que, por maldade, havia quebrado o brinquedo quando ela brincava com ele no jardim.
E a menina respondeu:
- Não faz mal, minha raiva já secou!
Discussões no dia a dia, nos relacionamentos e no trabalho podem levar as pessoas a ter sentimentos de raiva.
Segure seus ímpetos, deixe o barro secar para depois limpá-lo.
Assim você não corre o risco de cometer injustiças.

Texto extraído do livro "O que podemos aprender com os gansos"

 

I CHING - HEXAGRAMA 55 (FENG) - A ABUNDÂNCIA

 

Hexagrama 55
Abundância (Plenitude)
Trovão
Fogo
O oráculo
 
Abundância. Sucesso!
O rei atinge a plenitude.
Não fique triste; seja como o sol ao meio-dia.
Interpretação

Trata-se de um período de abundância e todas as coisas estão favorecidas. Mas não é qualquer mortal que se encontra à altura de promover uma época de grandeza e prosperidade. Só um grande líder pode assumir a iniciativa e alcançar as metas que beneficiam toda a coletividade.

O oráculo também alerta para as leis da impermanência e da alternância das polaridades opostas. O ponto máximo da abundância e da acumulação de riquezas não pode ser mantido eternamente, e deve dar lugar à uma época de distribuição e partilha.

Só os homens sábios e valorosos são aptos para administrar as riquezas inteiramente livres de egoísmo e arrogância. Eles não temem a sucessão dos ciclos e nem se entristecem com a previsão de épocas de contenção; nos períodos de prosperidade e riqueza – seja material ou espiritual – já começam a repartir os bens entre todos os seres.

A maré alta e a maré baixa, o fluxo e o refluxo de tudo o que existe no céu ocorrem no momento apropriado. Grandes mudanças podem ocorrer entre os homens, e muito mais ainda em sua atividade espiritual.

Conselho

O homem nobre decide as questões legais e aplica as penalidades.

Interpretação

As leis e as normas estabelecidas devem ser aplicadas. Quando ocorrem infrações, o homem correto não protela suas decisões. Com clareza interior faz uma exata investigação dos fatos e, com firmeza, garante a justa aplicação das penalidades.

(www.clubedotaro.com.br )

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

18 de outubro - Dia do Médico...

O dia 18 de outubro foi escolhido como "dia dos médicos" por ser o dia consagrado pela Igreja a São Lucas. Como se sabe, Lucas foi um dos quatro evangelistas do Novo Testamento. Seu evangelho é o terceiro em ordem cronológica; os dois que o precederam foram escritos pelos apóstolos Mateus e Marcos.
Lucas não conviveu pessoalmente com Jesus e por isso a sua narrativa é baseada em depoimentos de pessoas que testemunharam a vida e a morte de Jesus. Além do evangelho, é autor do "Ato dos Apóstolos", que complementa o evangelho.
Segundo a tradição, São. Lucas era médico, além de pintor, músico e historiador, e teria estudado medicina em Antióquia. Possuindo maior cultura que os outros evangelistas, seu evangelho utiliza uma linguagem mais aprimorada que a dos outros evangelistas, o que revela seu perfeito domínio do idioma grego. [1][2][3]
São Lucas não era hebreu e sim gentio, como era chamado todo aquele que não professava a religião judaica. Não há dados precisos sobre a vida de S. Lucas. Segundo a tradição era natural de Antióquia, cidade situada em território hoje pertencente à Síria e que, na época, era um dos mais importantes centros da civilização helênica na Ásia Menor. Viveu no século I d.C., desconhecendo-se a data do seu nascimento, assim como de sua morte.
Há incerteza, igualmente, sobre as circunstâncias de sua morte; segundo alguns teria sido martirizado, vítima da perseguição dos romanos ao cristianismo; segundo outros morreu de morte natural em idade avançada. Tampouco se sabe ao certo onde foi sepultado e onde repousam seus restos mortais. Na versão mais provável e aceita pela Igreja Católica, seus despojos encontram-se em Pádua, na Itália, onde há um jazigo com o seu nome, que é visitado pelos peregrinos. [1]

Não há provas documentais, porém há provas indiretas de sua condição de médico. A principal delas nos foi legada por São Paulo, na epístola aos colossenses, quando se refere a "Lucas, o amado médico" (4.14). Foi grande amigo de São Paulo e, juntos, difundiram os ensinamentos de Jesus entre os gentios.
Outra prova indireta da sua condição de médico consiste na terminologia empregada por Lucas em seus escritos. Em certas passagens, utiliza palavras que indicam sua familiaridade com a linguagem médica de seu tempo. Este fato tem sido objeto de estudos críticos comparativos entre os textos evangélicos de Mateus, Marcos e Lucas, e é apontado como relevante na comprovação de que Lucas era realmente médico. Dentre estes estudos, gostaríamos de citar o de Dircks, [4] que contém um glossário das palavras de interesse médico encontradas no Novo Testamento.
A vida de São Lucas, como evangelista e como médico, foi tema de um romance histórico muito difundido, intitulado "Médico de homens e de almas", de autoria da escritora Taylor Caldwell. Embora se trate de uma obra de ficção, a mesma muito tem contribuído para a consagração da personalidade e da obra de Sao Lucas.[5]
A escolha de São Lucas como patrono dos médicos nos países que professam o cristianismo é bem antiga. Eurico Branco Ribeiro, renomado professor de cirurgia e fundador do Sanatório S. Lucas, em São Paulo, é autor de uma obra fundamental sobre São Lucas, em quatro volumes, totalizando 685 páginas, fruto de investigações pessoais e rica fonte de informações sobre o patrono dos médicos. Nesta obra, intitulada "Médico, pintor e santo", o autor refere que, já em 1463, a Universidade de Pádua iniciava o ano letivo em 18 de outubro, em homenagem a São Lucas, proclamado patrono do "Colégio dos filósofos e dos médicos".[1]
A escolha de São. Lucas como patrono dos médicos e do dia 18 de outubro como "dia dos médicos", é comum a muitos países, dentre os quais Portugal, França, Espanha, Itália, Bélgica, Polônia, Inglaterra, Argentina, Canadá e Estados Unidos. No Brasil acha-se definitivamente consagrado o dia 18 de outubro como "dia dos médicos".
 

Referências bibliográficas
1. RIBEIRO, E.B. - Médico, pintor e santo. São Paulo, São Paulo Editora, 1970.
2. STERPELLONE, L. - Os santos e a medicina (trad.) São Paulo, Paulus, 1998,
p. 13-20.
3. FREY, E.F. - Saints in medical history. Clio Med. 14:35-70, 1979.
4. DIRCKS, J.H. - Scientific and medical terms and references in the writings of St. Luke. Am. J. Dermatopathol. 5:491-499, 1983.
5. CALDWELL, T. - Médico de homens e de almas.(trad.). 31. ed. Rio de Janeiro, Ed. Record, 2002.
Autor: Joffre M. de Rezende - 24/05/2003
e-mail: jmrezende@cultura.com.br
http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende
 

Abre a Porta...

"E havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo." - (JOÃO, 20:22.)

 
 
Profundamente expressivas as palavras de Jesus aos discípulos, nas primeiras manifestações depois do Calvário.
Comparecendo à reunião dos companheiros, espalha sobre eles o seu espírito de amor e vida, exclamando: "Recebei o Espírito Santo."
Por que não se ligaram as bênçãos do Senhor, automaticamente, aos aprendizes? por que não transmitiu Jesus, pura e simplesmente, o seu poder divino aos sucessores?
Ele, que distribuíra dádivas de saúde, bênçãos de paz, recomendava aos discípulos recebessem os divinos dons espirituais. Por que não impor semelhante obrigação?
É que o Mestre não violentaria o santuário de cada filho de Deus, nem mesmo por amor.
Cada espírito guarda seu próprio tesouro e abrirá suas portas sagradas à comunhão com o Eterno Pai.
O Criador oferece à semente o sol e a chuva, o clima e o campo, a defesa e o adubo, o cuidado dos lavradores e a bênção das estações, mas a semente terá que germinar por si mesma, elevando-se para a luz solar.
O homem recebe, igualmente, o Sol da Providência e a chuva de dádivas, as facilidades da cooperação e o campo da oportunidade, a defesa do amor e o adubo do sofrimento, o carinho dos mensageiros de Jesus e a bênção das experiências diversas; todavia, somos constrangidos a romper por nós mesmos os envoltórios inferiores, elevando-nos para a Luz Divina.
As inspirações e os desígnios do Mestre permanecem a volta de nossa alma, sugerindo modificações úteis, induzindo-nos à legítima compreensão da vida, iluminando-nos através da consciência superior, entretanto, está em nós abrir-lhes ou não a porta interna.
Cessemos, pois, a guerra de nossas criações inferiores do passado e entreguemo-nos, cada dia, às realizações novas de Deus, instituídas a nosso favor, perseverando em receber, no caminho, os dons da renovação constante, em Cristo, para a vida eterna.
 
(Francisco Cândido Xavier - Vinha de Luz)

O Discurso do Método II...





Minha terceira máxima era a de procurar sempre antes vencer a mim próprio do que ao
destino, e de antes modificar os meus desejos do que a ordem do mundo; e, em geral, a de
habituar-me a acreditar que nada existe que esteja completamente em nosso poder, salvo os
nossos pensamentos, de maneira que, após termos feito o melhor possível no que se refere às
coisas que nos são exteriores, tudo em que deixamos de nos sair bem é, em relação a nós,
absolutamente impossível. E somente isso me parecia suficiente para impossibilitar-me, no
futuro, de desejar algo que eu não pudesse obter, e, assim, para me tornar contente. Pois, a
nossa vontade, tendendo naturalmente para desejar apenas aquelas coisas que nosso
entendimento lhe representa de alguma forma como possíveis, é certo que, se considerarmos
igualmente afastados de nosso poder todos os bens que se encontram fora de nós, não
deploraremos mais a falta daqueles que parecem dever-se ao nosso nascimento, quando deles
formos privados sem termos culpa, do que deploramos não possuir os remos da China ou do
México; e que fazendo, como se diz, da necessidade virtude, não desejaremos mais estar sãos,
estando doentes, ou estar livres, estando presos, do que desejamos ter agora corpos de uma
matéria tão pouco corruptível quanto os diamantes, ou asas para voar como as aves. Mas
confesso que é preciso um longo adestramento e uma meditação freqüentemente repetida para
nos habituarmos a olhar todas as coisas por este ângulo; e acredito que é principalmente nisso
que consistia o segredo desses filósofos, que puderam em outros tempos esquivar-se do
império do destino e, apesar das dores e da pobreza, pleitear felicidade aos seus deuses. Pois,
ocupando-se continuamente em considerar os limites que lhes eram impostos pela natureza,
convenceram-se tão perfeitamente de que nada estava em seu poder além dos seus
pensamentos, que só isso bastava para impossibilitá-los de sentir qualquer afeição por outras
coisas; e os utilizavam tão absolutamente que tinham neste caso especial certa razão de se
julgar mais ricos, mais poderosos, mais livres e mais felizes que quaisquer outros homens, os
quais, não tendo esta filosofia, por mais favorecidos que sejam pela natureza e pelo destino,
nunca são senhores de tudo o que desejam.
 
(René Descartes - O Discurso do Método)

O Discurso do Método I...




INEXISTE NO MUNDO coisa mais bem distribuída que o bom senso, visto que cada indivíduo acredita ser tão bem provido dele que mesmo os mais difíceis de satisfazer em qualquer outro aspecto não costumam desejar possuí-lo mais do que já possuem. E é improvável que todos se enganem a esse respeito; mas isso é antes uma prova de que o poder de julgar de forma correta e discernir entre o verdadeiro e o falso, que é justamente o que é denominado bom senso ou razão, é igual em todos os homens; e, assim sendo, de que a diversidade de nossas opiniões não se origina do fato de serem alguns mais racionais que outros, mas apenas de dirigirmos nossos pensamentos por caminhos diferentes e não considerarmos as mesmas coisas. Pois é insuficiente ter o espírito bom, o mais importante é aplicá-lo bem. As maiores almas são capazes dos maiores vícios, como também das maiores virtudes, e os que só andam muito devagar podem avançar bem mais, se continuarem sempre pelo caminho reto, do que aqueles que correm e dele se afastam.
 
(René Descartes -  O Discurso do Método)

terça-feira, 9 de outubro de 2012

I CHING - Hexagrama 24 - Fu

 
 
 
Retorno. Sucesso!
Entra e sai sem embaraços.

Os amigos chegam e não há erro algum.
Eles retornam ao lugar de onde vieram
e levam ao todo sete dias.
É favorável ter um objetivo a seguir.
 
Interpretação
 
O movimento de renovação encontra total acolhida. É o que promete a frase "entra e sai" de modo desembaraçado, em segurança. Após um período de obscuridade, a luz regressa com seu poder luminoso, de florescimento, e encontra todo o espaço disponível. Os velhos modelos podem ser abandonados e o novo encontra as portas abertas.
 
Os "amigos que chegam" indicam que o momento é oportuno para as associações em torno de ideais comuns. Sempre que os propósitos forem solidários, haverá sucesso e ausência de erros. Todas as coisas que se encontrarem em harmonia com o tempo fluirão de modo espontâneo, sem qualquer necessidade de pressões artificiais.
 
Os "sete dias" simbolizam o processo de circulação (material ou de energias sutis) em perfeita harmonia com os movimentos dos céus, ou seja, com a lei fundamental da criação, que se desenrola em sete passos.
 
Conselho
 
Os antigos reis fechavam as passagens durante os solstícios, e os mercadores não podiam viajar. Até mesmo os príncipes não visitavam suas terras nesse período.
 
Interpretação
 
Tudo o que se encontra em seu início deve ser cuidado e fortalecido pelo repouso, até estar consolidado. O homem atento vela para que os impulsos nascentes não sejam desperdiçados pela precipitação ou falta de cautela. O equilíbrio e a retidão são os melhores aliados no momento em que as forças retornam.
 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Obsessores na Casa Espírita...

Quando uma casa dedicada à prática da Doutrina Espírita, constituída há bastante tempo e sempre  atuante de acordo com determinadas diretrizes, de repente, passa a atuar de forma diversa, abolindo, por exemplo, manifestações doutrinárias em palestras dedicadas aos médiuns que exercem seu encargo naquela casa, por entender que estes já conhecem o suficiente da Doutrina e precisam, apenas, servir como instrumentos para a manifestação de espíritos desencarnados, bastando aos médiuns, apenas, o conhecimento de como se portar nas diversas formas de atendimento oferecidas pela casa espírita ou quando as preces são proferidas à moda dos fariseus, por orientação de quem dirige os trabalhos da casa, é sinal de que é chegada a hora de  um "tratamento desobsessivo" para a casa.
 
Vejamos: Todos começam a frequentar a casa espírita para tentarem resolver os problemas perturbadores de suas existências, mas, se passado algum tempo, continuam a frequentá-la, voltam-se para o trabalho mediúnico por terem percebido o necessário "exercício" da mediunidade que, resumidamente, para os desencarnados é a forma de se comunicarem com o mundo encarnado, do qual não conseguem se desvincular, e, para os encarnados, a forma de tentarem amenizar o "assédio" dos desencarnados e o sofrimento que, em última instância, é de ambos.
 
Entretanto, ninguém consegue transmitir o que ainda não tem. Assim, apesar de muitos médiuns conhecerem um pouco da Doutrina Espírita, raríssimos podem ser considerados aptos a serem dispensados de ouvirem um trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo ou de qualquer outro livro que aborde a Doutrina ao serem preparados para o trabalho espiritual.
 
Além disto, há que ser ressaltado que a mediunidade deve ser considerada por dois lados: o do espírito encarnado e o do desencarnado.
 
O médium trabalhador da casa espírita deve conhecer a forma como se portar nos diversos atendimentos oferecidos pela casa, assim como a sistemática de trabalho adotada? Deve. Mas precisa conhecer, estudar e ouvir a preparação doutrinária aplicada à vida, não somente ao trabalho mediúnico. 
 
O médium atuante não perde a condição de espírito, só que encarnado, sofrendo as consequências de suas ações anteriores. O espírito desencarnado também sofre, só que, muitas vezes, agravadas pelo fato de desconhecer que já desencarnou. Outros há, que têm consciência desta realidade e mesmo assim permanecem ligados ao mundo material, movidos por sentimentos de vingança, ou simplesmente, por não conseguirem se libertar das sensações propiciadas pelo contato físico, dentre outros inúmeros motivos.
 
As preces proferidas pelos diretores de trabalhos na casa espírita, por sua vez, deveriam contemplar encarnados e desencarnados, como forma de atuar no campo vibratório de ambos. Entretanto, o que muitas vezes encontramos, são preces proferidas na presença de espíritos encarnados e desencarnados, mas voltadas somente para estes, quando os encarnados também precisam de atuação em seu campo vibratório, até para poderem exercer o encargo mediúnico de forma eficiente e eficaz para ambos.
 
Espíritos imperfeitos, médiuns imperfeitos.Tratamento adequado para encarnados e desencarnados.

Não se trata de aproveitar oportunidades para demonstrar o conhecimento adquirido, até porque vaidade e orgulho são duas características bem presentes em nós, mas que devem ser evitadas sempre. Trata-se sim, da busca do equilíbrio nas manifestações doutrinárias, contemplando tanto os campos vibratórios dos encarnados quanto o dos desencarnados. Tendo consciência de que destes, a espiritualidade assistente se encarrega encaminhando-os ao atendimento necessário e doutrinando-os de forma mais adequada que os trabalhadores espíritas, mas dos encarnados? Quem se encarregará de doutriná-los, sabendo que o dia a dia nem sempre permite maiores reflexões sobre a existência? Se a casa não proferir uma palavra de luz, de força e de fé, quem o fará? Estariam condenados à própria sorte? Ou teriam que esperar o desencarne para finalmente serem orientados?
 
A mediunidade, todos sabemos, tem interferência de encarnados e desencarnados. Não existiria sem a interferência de um ou de outro. Desta forma, é necessário que as casas espíritas voltem sua palestra doutrinária, destinada aos trabalhadores, para as necessidades de ambos.
 
Sentimentos de inveja, vingança, saudade, tristeza, falta de fé e confiança no Criador de todas as coisas são comuns às duas ordens de espíritos. Não havendo como definir quem iniciou o ataque obsessor, desencadeando uma manifestação mediúnica por parte do encarnado, a doutrinação deveria atingir a ambos, não apenas o desencarnado, sob pena de, tão cedo, não alcançarmos condições para alçar vôos maiores.
 
O mesmo ocorre com as preces proferidas com intuito apenas de "acordar" os desencarnados para sua atual condição, se é que ainda não o fizeram. É necessário mais do que isto! "Acordar" sim, mas não apenas os desencarnados e apenas para esta realidade!
 
 
 
 
 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Words of wisdom...


Be weird. Be random. Be who you are. Because you never know who would love the person you hide.
 
 
(From: @Ihatequotes)

As revelações de uma janela...

Anos 70...
Tempo nublado...
Pingos martelando...
Antena retrô...
Telhados que não são de vidro...
Dia a dia...
Dúvidas...
Certezas...
Mundo tangível...
E o intangível, sempre presente?
Muitas nuvens que não permitem divisar a luz...
Então, o olhar se perde na pequena fração de horizonte
que a janela permite revelar a quem busca algo, sem saber exatamente o quê.
 
 
 
 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

São Jerônimo

Neste último dia do mês da Bíblia, celebramos a memória do grande "tradutor e exegeta das Sagradas Escrituras": São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja. Ele nasceu na Dalmácia em 340, e ficou conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor da Igreja. É de São Jerônimo a célebre frase: "Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo".

Com posse da herança dos pais, foi realizar sua vocação de ardoroso estudioso em Roma. Estando na "Cidade Eterna", Jerônimo aproveitou para visitar as Catacumbas, onde contemplava as capelas e se esforçava para decifrar os escritos nos túmulos dos mártires. Nessa cidade, ele teve um sonho que foi determinante para sua conversão: neste sonho, ele se apresentava como cristão e era repreendido pelo próprio Cristo por estar faltando com a verdade (pois ainda não havia abraçado as Sagradas Escrituras, mas somente escritos pagãos). No fim da permanência em Roma, ele foi batizado.

Após isso, iniciou os estudos teológicos e decidiu lançar-se numa peregrinação à Terra Santa, mas uma prolongada doença obrigou-o a permanecer em Antioquia. Enfastiado do mundo e desejoso de quietude e penitência, retirou-se para o deserto de Cálcida, com o propósito de seguir na vida eremítica. Ordenado sacerdote em 379, retirou-se para estudar, a fim de responder com a ajuda da literatura às necessidades da época. Tendo estudado as línguas originais para melhor compreender as Escrituras, Jerônimo pôde, a pedido do Papa Dâmaso, traduzir com precisão a Bíblia para o latim (língua oficial da Igreja na época). Esta tradução recebeu o nome de Vulgata. Assim, com alegria, dedicação sem igual e prazer se empenhou para enriquecer a Igreja universal.

Saiu de Roma e foi viver definitivamente em Belém no ano de 386, onde permaneceu como monge penitente e estudioso, continuando as traduções bíblicas, até falecer em 420, aos 30 de setembro com, praticamente, 80 anos de idade. A Igreja declarou-o padroeiro de todos os que se dedicam ao estudo da Bíblia e fixou o "Dia da Bíblia" no mês do seu aniversário de morte, ou ainda, dia da posse da grande promessa bíblica: a Vida Eterna.
 
(Caravaggio e www.cancaonova.com )
 

A Parábola do Semeador - Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec

5 - Jesus, ao sair de casa, sentou-se à beira-mar, e uma grande multidão de pessoas reuniu-se ao seu redor. Assim, Ele subiu em um barco, e...