segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Pai Nosso...

Que estás em toda a parte, em todos os mundos habitados,
Venha a nós o teu Reino, o Reino do Perdão, da Harmonia e da Humildade, mas que nós também possamos buscá-lo, por nossa iniciativa,
Santificado seja o teu nome, pois é em teu nome que tudo é feito e...
Que seja feita hoje e sempre a tua santa e abençoada vontade e não a minha, pois desconheço  teus mistérios ...

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Porque sou tão sábio...

ECCE HOMO – Ou como se chegar a ser o que se é
Capítulo “Porque Sou Tão Sábio”

Por Friedrich Nietzsche (tradução de Artur Morão)
A ausência de ressentimento, a clarividência sobre o ressentimento – quem sabe se, em última análise, por elas devo também ser grato à minha longa enfermidade? O problema não é simples: há que ter feito a experiência a partir da força e também da fraqueza. Se algo em geral se deve objectar contra a doença, contra a fraqueza, é que nela o genuíno instinto da cura, isto é, o instinto de defesa e de combate, se enfraquece no homem. Não sabemos desembaraçar-nos de nada, não sabemos acabar seja com o que for, nada sabemos repelir – tudo nos fere. O homem e a coisa aproximam-se de modo obstrutivo, as vivências afectam-nos com demasiada profundidade, a recordação é uma ferida purulenta. Estar doente é também uma espécie de ressentimento.
Contra isto o doente tem apenas um grande remédio – dou-lhe o nome de fatalismo russo, aquele fatalismo sem revolta, com que um soldado russo, para o qual é demasiado dura a campanha, se deita por fim na neve. Nada mais tomar em geral, não absorver em si seja o que for – não mais reagir… A grande razão deste fatalismo, que nem sempre é apenas a coragem para a morte, conservador da vida nas circunstâncias para ela mais perigosas, é a redução do metabolismo, o seu retardamento, uma espécie de vontade de hibernação. Alguns passos mais nesta lógica e tem-se o faquir, que dorme durante semanas num esquife… Porque o homem se esgotaria demasiado depressa, se em geral reagisse, então não reage: eis a lógica. E com nada mais ele se consome a não ser com os afectos do ressentimento. O despeito, a susceptibilidade mórbida, a impotência para a retaliação, a inveja, a sede de vingança, o que há de venenoso em cada sentido – eis decerto, para o esgotado, o modo mais desvantajoso de reagir: condiciona-se assim um rápido desgaste de energia nervosa, uma intensificação doentia de secreções nocivas, por exemplo, a bílis no estômago. O ressentimento é em si o que está proibido aos doentes – o seu mal: infelizmente, é também a sua tendência mais natural.
Isso foi o que entendeu muito bem aquele profundo fisiólogo, Buda. A sua «religião», que antes se deveria denominar higiene, para não a confundir com coisas tão lastimosas como o cristianismo, fez depender a sua eficácia da vitória sobre o ressentimento: libertar dele a alma – eis o primeiro passo para a cura. «Não é pela inimizade que se chega ao fim da inimizade, é pela amizade que se põe fim à inimizade…: eis o começo da doutrina de Buda – aqui não fala a moral, mas a fisiologia.
O ressentimento, nascido da fraqueza, a ninguém é mais nocivo do que ao próprio fraco – noutros casos, onde o pressuposto é uma natureza rica, um sentimento excessivo , um sentimento de que assenhorear-se é quase a prova da riqueza. Quem conhece a seriedade com que a minha filosofia empreendeu a luta contra os sentimentos de vingança e de simpatia até à doutrina da «vontade livre» – a luta com o cristianismo constitui apenas um seu caso particular – compreenderá porque é que aqui trago à plena luz a minha conduta pessoal, a minha segurança do instinto na prática. Nos momentos da décadence, interditava-os a mim como nocivos; logo que a vida se tornava de novo rica e assaz altiva, opunha-me a eles como abaixo de mim. Aquele «fatalismo russo», de que falei, emergiu em mim porque me ative tenazmente, ao longo dos anos, a situações, lugares, habitações, companhias quase insuportáveis, após me terem sido dadas por acaso – era melhor do que modificá-las, do que sentir que se poderiam modificar – do que contra elas se rebelar. Considerava então como mortalmente mau o que em semelhante fatalismo me perturbava e dele à força me despertava: – na verdade, isso era de cada vez mortalmente perigoso. – Considerar-se a si mesmo como um não querer ser «outro» – tal é em semelhantes circunstâncias a própria grande razão.”

(Dharmalog)

Bem-aventurados os pobres de espírito

Homens, por que lamentais as calamidades que vós mesmos amontoastes sobre as vossas cabeças? Menosprezastes a santa e divina moral do Cristo, não vos espanteis, pois, que a taça da iniquidade tenha transbordado de todas as partes.
A inquietação torna-se geral; a quem inculpá-la senão a vós que procurais incessantemente vos esmagar uns aos outros? Não podeis ser felizes sem benevolência mútua, e como a benevolência pode existir com o orgulho? O orgulho, eis a fonte de todos os vossos males; dedicai-vos, pois, a destruí-lo se não quiserdes perpetuar suas funestas consequências. Um só meio se vos oferece para isso, mas este meio é infalível: tomar por regra invariável de vossa conduta a lei do Cristo, lei que tendes repelido ou falseado na sua interpretação.
Por que tendes em tão grande estima aquilo que brilha e encanta aos olhos, antes daquilo que toca o coração? Por que o vício da opulência é o objeto de vossas adulações, quando não tendes senão um olhar de desdém para o verdadeiro mérito na obscuridade? Que um rico debochado, perdido de corpo e alma, se apresente em qualquer parte e todas a portas lhe são abertas, todos os olhares são para ele, enquanto que mal se digna conceder um cumprimento de proteção ao homem de bem que vive de seu trabalho. Quando a consideração que se concede às pessoas é medida pelo peso do ouro que possuem, ou pelo nome que ostentam, que interesse podem elas ter de se corrigirem de seus defeitos?
Ocorreria diversamente se o vício dourado fosse fustigado pela opnião pública como vício em andrajos; mas o orgulho é indulgente para com tudo que o lisonjeia. Século de cupidez e de dinheiro, dizeis. Sem dúvida, mas por que deixastes as necessidades materiais usurpar  sobre o bom senso e a razão? Por que cada um quer se elevar acima do seu irmão? Hoje a sociedade sofre disso as consequências.
Não esqueçais que um tal estado de coisas é sempre um sinal de decadência moral. Quando o orgulho atinge os últimos limites, é indício de uma queda próxima, porque Deus pune sempre os soberbos. Se os deixa, algumas vezes, subir, é para lhes dar tempo de refletirem e de se emendarem sob os golpes que, de tempo em tempo, ele dá em seu orgulho para advertí-los; mas, ao invés de humilharem, se revoltam; então, quando a medida está cheia, ele os abate inteiramente e a sua queda é tanto mais terrível quanto tenham subido mais alto.
Pobre raça humanam cujo egoísmo corrompeu todos os caminhos, retoma a coragem, entretanto; em sua misericórdia infinita, Deus te envia um poderoso remédio para teus males, um socorro inesperado na tua aflição. Abre os olhos à luz: eis as almas daqueles que não estão mais na Terra que vêm te chamar aos teus verdadeiros deveres; elas te dirão, tua passageira existência são pouca coisa perto da eternidade; elas te dirão que lá é o maior quem foi o mais humilde entre os pequenos deste mundo; que aquele que mais amou seus irmãos é também aquele que será mais amado no céu; que os poderosos da Terra, se abusaram de sua autoridade, serão reduzidos a obdecer aos seus servidores; que a caridade e a humildade, enfim, estas duas irmãs que se dão as mãos, são os títulos mais eficazes para se obter graça diante do Eterno. (ADOLFO, bispo de Argel, Marmande, 1862).

(O Evangelho Segundo o Espiritismo) 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Nos mesmos pratos

E ele respondendo, disse: O que mete comigo a mão no prato, esse me há de trair. (Mateus, 26:23)

Toda ocorrência, na missão de jesus, reveste-se de profunda expressãao simbólica.
Dificilmente o ataque de estranhos poderia provocar o Calvário doloroso. Os juízes do Sinédrio, pessoalmente, não se achavam habilitados a movimentar o sinistro assunto, nem os acusadores gratuitos do Mestre poderiam, por si mesmos, efetuar o processo infamante.
Reclamava-se alguém que fraquejasse e traísse a si mesmo.
A ingratidão não é planta de campo contrário.
O infrator mais temível, em todas as boas obras é sempre o amigo transviado, o companheiro leviano e o irmão indiferente.
Não obstante o respeito que devemos a Judas redimido, convém recordar a lição, em favor do serviço de vigilância, não somente para os discípulos em aprendizado, a fim de que não fracassem, como também para os discípulos em testemunho para que exemplifiquem com o Senhor, compreendendo, agindo e perdoando.
Nas linhas do trabalho cristão, não é demais aguardar grandes lutas e grandes provas, considerando-se, porém, que as maiores angústias não procederão de círculos adversos, mas justamente da esfera mais íntima, quando a inquietação e a revolta, a leviandade e a imprevidência penetram o coração daqueles que mais amamos.
De modo geral, a calúnia e o erro, a defecção e o fel não partem de nossos opositores declarados, mas, sim, daqueles que se alimentam conosco, nos mesmos pratos da vida. Conserve-se cada discípulo plenamente informado, com respeito a semelhante verdade, a fim de que saibamos imitar o Senhor, nos grandes dias.

(Vinha de Luz - Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel)

Oração - São Cipriano

Eu me entrego a Jesus e à Santíssima Cruz, ao Santíssimo Sacramento, às três relíquias que têm dentro, às três missas do Natal, que não me aconteça mal algum. Maria Santíssima, seja sempre comigo, o anjo da minha guarda, me guarde e me livre das astúcias de Satanás. Reze em seguida um Pai-nosso e uma Ave-Maria.

A Parábola do Semeador - Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec

5 - Jesus, ao sair de casa, sentou-se à beira-mar, e uma grande multidão de pessoas reuniu-se ao seu redor. Assim, Ele subiu em um barco, e...