quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Nos mesmos pratos

E ele respondendo, disse: O que mete comigo a mão no prato, esse me há de trair. (Mateus, 26:23)

Toda ocorrência, na missão de jesus, reveste-se de profunda expressãao simbólica.
Dificilmente o ataque de estranhos poderia provocar o Calvário doloroso. Os juízes do Sinédrio, pessoalmente, não se achavam habilitados a movimentar o sinistro assunto, nem os acusadores gratuitos do Mestre poderiam, por si mesmos, efetuar o processo infamante.
Reclamava-se alguém que fraquejasse e traísse a si mesmo.
A ingratidão não é planta de campo contrário.
O infrator mais temível, em todas as boas obras é sempre o amigo transviado, o companheiro leviano e o irmão indiferente.
Não obstante o respeito que devemos a Judas redimido, convém recordar a lição, em favor do serviço de vigilância, não somente para os discípulos em aprendizado, a fim de que não fracassem, como também para os discípulos em testemunho para que exemplifiquem com o Senhor, compreendendo, agindo e perdoando.
Nas linhas do trabalho cristão, não é demais aguardar grandes lutas e grandes provas, considerando-se, porém, que as maiores angústias não procederão de círculos adversos, mas justamente da esfera mais íntima, quando a inquietação e a revolta, a leviandade e a imprevidência penetram o coração daqueles que mais amamos.
De modo geral, a calúnia e o erro, a defecção e o fel não partem de nossos opositores declarados, mas, sim, daqueles que se alimentam conosco, nos mesmos pratos da vida. Conserve-se cada discípulo plenamente informado, com respeito a semelhante verdade, a fim de que saibamos imitar o Senhor, nos grandes dias.

(Vinha de Luz - Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel)

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