Como personagem histórico, Xangô teria sido o terceiro Aláàfìn Òyó, "Rei de Oyó", filho de Oranian e Torosi, a filha de Elempê, rei dos tapás, aquele que havia firmado uma aliança com Oranian. Xangô cresceu no país de sua mãe, indo instalar-se, mais tarde, em Kòso (Kossô), onde os habitantes não o aceitaram por causa de seu caráter violento e imperioso; mas ele conseguiu, finalmente, impor-se pela força. Em seguida, acompanhado pelo seu povo, dirigiu-se para Oyó, onde estabeleceu um bairro que recebeu o nome de Kossô. Conservou, assim, seu título de Oba Kòso, que, com o passar do tempo, veio a fazer parte de seus oríkì.
Dadá-Ajaká, filho mais velho de Oranian, irmão consangüíneo de Xangô reinava então em Oyó. Dadá é o nome dados pelos iorubás às crianças cujos cabelos cresciam em tufos que se frisam separadamente. "Ele amava as crianças, a beleza e as artes; de caráter calmo e pacífico... e não tinha a energia que um verdadeiro chefe dessa época". Xangô o destronou e Dadá-Ajaká exilou-se em Igboho, durante os sete anos de reinado de seu meio-irmão. Teve que se contentar, então, em usar uma coroa feita de búzios, chamada adé de baáyàni. Depois que Xangô deixou Oyó, Dadá-Aaká voltou a reinar. Em contraste com a primeira vez, ele mostrou-se agora valente e guerreiro, voltou-se contra os parentes da família materna de Xangô, atacando os tapás.
(Fonte: http://www.oxum.com.br/ )
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