O dever é a obrigação moral, diante de si mesmo primeiro, e dos outros em seguida. O dever é a lei da vida; ele se encontra nos mais ínfimos detalhes, assim como nos atos mais elevados. |Não quero falar aqui senão do dever moral, e não daquele que as profissões impõem.
Na ordem de sentimentos, o dever é muito difícil de ser cumprido porque se acha em antagonismo com as seduções do interesse e do coração; suas vitórias não tem testemunhos, e suas derrotas não tem repressão. O dever íntimo de homem está entregue ao seu livre-arbítrio; o aguilhão da consciência, esse guardião da probidade interior, o adverte e o sustenta, mas permanece, frequentemente, impotente diante dos sofismas da paixão. O dever do coração, fielmente observado, eleva o homem; mas, esse dever, como precisá-lo? Onde começa ele? Onde se detém? O dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo; termina no limite que não gostaríeis de ver ultrapassado em relação a vós mesmos.
(Trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XVII - Sede perfeitos - Lázaro, Paris, 1863)
Nenhum comentário:
Postar um comentário