O espírita deve ser verdadeiro, mas não agressivo, manejando a verdade a ponto de converte-la em tacape na pele dos semelhantes.
Bom, mas não displicente que chegue a favorecer as forças do mal, sob o pretexto de favorecer a ternura.
Generoso, mas não perdulário que abrace a prodigalidade excessiva, sufocando as possibilidades de trabalho que despontam nos outros.
Doce, mas não tão doce que atinja a dúbia melifluidade, incapaz de assumir determinados compromissos na hora da decisão.
Justo, mas não implacável, em nome da justiça, impedindo a recuperação dos que caem e sofrem.
Claro, mas não desabrido, dando a ideia de eleger-se em fiscal das consciências alheias.
Franco, mas não insolente, ferindo os outros.
Paciente, mas não irresponsável, adotando negligência em nome da gentileza.
Tolerante, mas não indiferente, aplaudindo o erro deliberado em benefício da sombra.
Calmo, mas não sossegado que se afogue em preguiça.
Confiante, mas não fanático que se abstenha do raciocínio.
Persistente, mas não teimoso, viciando-se em rebelar-se.
Diligente, mas não precipitado, destruindo a si próprio.
"Conhece-te a ti mesmo" - diz a filosofia, e para conhecer a nós mesmos, é necessário escolher atitude e posição de equilíbrio, seja na emotividade ou no pensamento, na palavra ou na ação, porque efetivamente, o equilíbrio nunca é demais.
(Opinião Espírita - cap. 7 - Esp. André Luiz, psic. Chico Xavier/Valdo Vieira)
Um comentário:
Pois é, a busca do equilíbrio, ou melhor, a prática do equilíbrio nas atitudes diárias é um árduo exercício que pede a aplicação da disciplina.
Tenhas uma ótima semana.
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