quinta-feira, 10 de abril de 2014

138. Da arte de deixar estar...

E mais quando se produzem conflitos entre gente próxima. Há torvelinhos no trato humano, tempestades de vontade; então o sensato é retirar-se a um porto seguro. Muitas vezes pioram-se os males com os remédios. Deixe que as águas sigam seu próprio curso. Tanto há de saber o médico para receitar como para não fazê-lo, e às vezes a arte consiste em não aplicar remédio algum. Há ocasiões em que os problemas se complicam tanto que é melhor sossegar, ceder ao tempo agora e vencer depois. Uma fonte com pouca inquietude já se turva, e só voltará a estar limpa se a deixarmos serenar sozinha. Não há melhor remédio dos desconcertos  que deixá-los correr, que assim desaparecem por si mesmos.
 
(Trecho do Livro Oráculo de Bolso e a arte da prudência - Baltasar Gracián - Editora Martin e Claret)

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