terça-feira, 28 de agosto de 2012

28 de agosto - Dia de Santo Agostinho

Aurélio Agostinho destaca-se entre os Padres como Tomás de Aquino se destaca entre os Escolásticos. E como Tomás de Aquino se inspira na filosofia de Aristóteles, e será o maior vulto da filosofia metafísica cristã, Agostinho inspira-se em Platão, ou melhor, no neoplatonismo. Agostinho, pela profundidade do seu sentir e pelo seu gênio compreensivo, fundiu em si mesmo o caráter especulativo da patrística grega com o caráter prático da patrística latina, ainda que os problemas que fundamentalmente o preocupam sejam sempre os problemas práticos e morais: o mal, a liberdade, a graça, a predestinação.
Aurélio Agostinho nasceu em Tagasta, cidade da Numídia, de uma família burguesa, a 13 de novembro do ano 354. Seu pai, Patrício, era pagão, recebido o batismo pouco antes de morrer; sua mãe, Mônica, pelo contrário, era uma cristã fervorosa, e exercia sobre o filho uma notável influência religiosa. Indo para Cartago, a fim de aperfeiçoar seus estudos, começados na pátria, desviou-se moralmente. Caiu em uma profunda sensualidade, que, segundo ele, é uma das maiores conseqüências do pecado original; dominou-o longamente, moral e intelectualmente, fazendo com que aderisse ao maniqueísmo, que atribuía realidade substancial tanto ao bem como ao mal, julgando achar neste dualismo maniqueu a solução do problema do mal e, por conseqüência, uma justificação da sua vida. Tendo terminado os estudos, abriu uma escola em Cartago, donde partiu para Roma e, em seguida, para Milão. Afastou-se definitivamente do ensino em 386, aos trinta e dois anos, por razões de saúde e, mais ainda, por razões de ordem espiritual.
Entrementes - depois de maduro exame crítico - abandonara o maniqueísmo, abraçando a filosofia neoplatônica que lhe ensinou a espiritualidade de Deus e a negatividade do mal. Destarte chegara a uma concepção cristã da vida - no começo do ano 386. Entretanto a conversão moral demorou ainda, por razões de luxúria. Finalmente, como por uma fulguração do céu, sobreveio a conversão moral e absoluta, no mês de setembro do ano 386. Agostinho renuncia inteiramente ao mundo, à carreira, ao matrimônio; retira-se, durante alguns meses, para a solidão e o recolhimento, em companhia da mãe, do filho e dalguns discípulos, perto de Milão. Aí escreveu seus diálogos filosóficos, e, na Páscoa do ano 387, juntamente com o filho Adeodato e o amigo Alípio, recebeu o batismo em Milão das mãos de Santo Ambrósio, cuja doutrina e eloqüência muito contribuíram para a sua conversão. Tinha trinta e três anos de idade.
 
Depois da conversão, Agostinho abandona Milão, e, falecida a mãe em Óstia, volta para Tagasta. Aí vendeu todos os haveres e, distribuído o dinheiro entre os pobres, funda um mosteiro numa das suas propriedades alienadas. Ordenado padre em 391, e consagrado bispo em 395, governou a igreja de Hipona até à morte, que se deu durante o assédio da cidade pelos vândalos, a 28 de agosto do ano 430. Tinha setenta e cinco anos de idade.
Após a sua conversão, Agostinho dedicou-se inteiramente ao estudo da Sagrada Escritura, da teologia revelada, e à redação de suas obras, entre as quais têm lugar de destaque as filosóficas. As obras de Agostinho que apresentam interesse filosófico são, sobretudo, os diálogos filosóficos: Contra os acadêmicos, Da vida beata, Os solilóquios, Sobre a imortalidade da alma, Sobre a quantidade da alma, Sobre o mestre, Sobre a música . Interessam também à filosofia os escritos contra os maniqueus: Sobre os costumes, Do livre arbítrio, Sobre as duas almas, Da natureza do bem .
Dada, porém, a mentalidade agostiniana, em que a filosofia e a teologia andam juntas, compreende-se que interessam à filosofia também as obras teológicas e religiosas, especialmente: Da Verdadeira Religião, As Confissões, A Cidade de Deus, Da Trindade, Da Mentira.


Leia mais: http://www.mundodosfilosofos.com.br/agostinho.htm#ixzz24rp5QMAG

Andai como filhos da Luz...

De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?
Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis.
Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.
Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?
Antes, ele dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.
Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza.
Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.
Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
Há só um legislador que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?
Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos;
Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece.
Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo.
Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna.
Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.
Tiago 4:1-17

I CHING

59. A DISPERSÃO. Conhecer seus limites não significa perder forças e sim aprender a maneira correta de agir. A escolha é necessária para afastar todos os obstáculos para que atinja sua meta. A solidariedade facilita o progresso de todos.

Não creiais que eu vim trazer a paz, mas a divisão...

  Não creiais que minha doutrina se estabeleça pacificamente; ela conduzirá a lutas sangrentas, das quais meu nome será o pretexto, porque os homens não me terão compreendido, ou não terão querido me compreender; os irmãos, separados por sua crença, tirarão a espada um contra o outro, e a divisão reinará entre os membros de uma mesma família que não tiverem a mesma fé. Eu vim lançar o fogo sobre a Terra para limpá-la dos errros e dos preconceitos, como se coloca fogo num campo para nele destruir as más ervas, e tenho pressa que ele se acenda para que a depuração seja mais pronta, porque desse conflito a verdade sairá triunfante; à guerra, sucederá a paz; ao ódio dos partidos, a fraternidade universal; às trevas do fanatismo, a luz da fé esclarecida. Então quando o campo estiver preparado, eu vos enviarei o Consolador, o Espírito de Verdade, que virá restabelecer todas as coisas; quer dizer, em fazendo conhecer o verdadeiro sentido das minhas palavras, os homens mais esclarecidos poderão, enfim, compreender, e por fim à luta fraticida que divide os filhos de um mesmo Deus. Cansados, enfim, de um combate sem resultado, que não arrasta atrás de si senão a desolação, e leva a perturbação até ao seio das famílias, os homens reconhecerão onde estão os seus verdadeiros interesses para este mundo e para o outro; verão de que lado estão os amigos e os inimigos da sua tranquilidade. Todos então virão se abrigar sob  a mesma bandeira: a da caridade, e as coisas serão restabelecidas sobre a Terra, segundo a verdade e os princípios que vos ensinei. 
 
Evangelho Segundo o Espiritismo

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Mais fácil aprender japonês em braile...

Enfim,
De tudo o que
Há na terra
Não há nada em lugar
Nenhum!
Que vá crescer
Sem você chegar
Longe de ti
Tudo parou
Ninguém sabe
O que eu sofri...

      Djavan

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Há 98 anos iniciava a 1ª Guerra Mundial (3/08/1914)

Conflito armado que começa em 1914, como uma disputa local entre o Império Austro-Húngaro e a Sérvia, estende-se às potências imperialistas da Europa e acaba se tornando global. O estopim foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, em Sarajevo. A guerra termina em 1918, causando a morte de mais de 8 milhões de soldados e 6,5 milhões de civis.
Confrontam-se dois grupos de países organizados em pactos antagônicos: a Tríplice Aliança, liderada pela Alemanha, e a Tríplice Entente, encabeçada pela França. A vitória ficou com os aliados da Entente, mas teve como conseqüência principal a perda, pela Europa, do papel de liderança planetária. Os Estados Unidos, que entram no conflito só em 1917, assumem a liderança dos negócios mundiais e passam a ser o centro de poder do capitalismo. A reorganização do cenário político no continente europeu e as condições humilhantes impostas pelo Tratado de Versalhes ao perdedor, a Alemanha, levam à 2ª Guerra Mundial (1939-1945). O mundo do pós-guerra assiste também à implantação do primeiro Estado socialista, a União Soviética.
O cenário antes da guerra - O choque dos interesses imperialistas das nações européias, aliado ao espírito nacionalista emergente, é a principal causa do conflito. Na virada deste século, a Alemanha se torna o país mais poderoso da Europa Continental após a guerra franco-prussiana (1870/71) e a arrancada industrial propiciada pela unificação do país em 1871. A nova potência ameaça os interesses econômicos da Inglaterra e os político-militares da Rússia e da França.
Alemães e franceses preparam-se militarmente para a anunciada revanche francesa pela reconquista dos territórios da Alsácia e Lorena, perdidos para a Alemanha. Por sua vez, a Rússia estimula o nacionalismo eslavo - Pan-eslavismo - desde o fim do século XIX e apóia a independência dos povos dominados pelo Império Austro-Húngaro. Por trás dessa política está o projeto expansionista russo de alcançar o Mediterrâneo.
Preparativos - As diferenças nacionalistas entre França e Alemanha são acirradas pela disputa do Marrocos. Em 1906, um acordo cede o Marrocos à França. A Alemanha recebe terras no sudoeste africano, mas também exige da França parte do território do Congo. Outros enfrentamentos, desta vez entre Sérvia e Áustria após as Guerras Balcânicas, aumentam a tensão pré-bélica. A anexação da Bósnia-Herzegóvina pelos austríacos em 1908 causa a explosão do nacionalismo sérvio, apoiado pela Rússia.
Esses conflitos de interesses levam à criação de dois sistemas rivais de alianças. Em 1879, o chanceler da Alemanha, Otto von Bismarck, firma com o Império Austro-Húngaro um acordo contra a Rússia. Três anos depois a Itália, rival da França no Mediterrâneo, alia-se aos dois países, criando a Tríplice Aliança. O segundo tem sua origem na Entente Cordiale, formada em 1904 pelo Reino Unido e pela França para se opor ao expansionismo germânico. Em 1907, conquista a adesão da Rússia, formando a Tríplice Entente.
O mundo em guerra - Francisco José (1830-1916), imperador do Império Austro-Húngaro, aos 84 anos prepara-se para deixar o trono ao herdeiro. Mas, em 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando (1863-1914) e sua esposa são assassinados durante visita a Sarajevo, na Bósnia-Hezergóvina, pelo estudante anarquista sérvio Gravilo Princip. Confirmada a cumplicidade de políticos da Sérvia no atentado, o governo austríaco envia em julho um ultimato ao governo sérvio. Exige a demissão de ministros suspeitos de ligações com terroristas, o fechamento de jornais anti-austríacos e a perseguição de sociedades secretas. Como a Sérvia reluta em atender às exigências, o país é invadido pelos austríacos em 1 de agosto.
O complexo sistema de alianças que impera no continente arrasta outros países europeus ao conflito. A Rússia declara guerra à Áustria; a Alemanha adere contra a Rússia. A França, ligada aos russos, mobiliza tropas contra os alemães. No dia 3 de agosto de 1914, o mundo está em guerra.
O Reino Unido hesita até o dia seguinte, quando os alemães invadem a Bélgica, violando a neutralidade desse país, para atingir a França. Outras nações envolvem-se em seguida: a Turquia, do lado dos alemães, ataca os portos russos no Mar Negro; Montenegro socorre os sérvios em nome da afinidade étnica; e o Japão, interessado nos domínios germânicos no Extremo Oriente, engrossa o bloco contra a Alemanha.
Com a guerra, ao lado da Entente entram 24 outras nações estabelecendo uma ampla coalizão, conhecida como os Aliados. Já a Alemanha recebe a adesão do Império Turco-Otomano, rival da Rússia e da Bulgária, movida pelos interesses nos Bálcãs . A Itália, embora pertencente à Tríplice Aliança, fica neutra no início, trocando de lado em 1915, sob a promessa de receber parte dos territórios turcos e austríacos.

A Parábola do Semeador - Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec

5 - Jesus, ao sair de casa, sentou-se à beira-mar, e uma grande multidão de pessoas reuniu-se ao seu redor. Assim, Ele subiu em um barco, e...