“Naquele dia, quem estiver no telhado, tendo as suas
alfaias em casa, não desça a tomá-las.”
- Jesus. (Lucas, 17:31.)
A palavra do Mestre não deixa margem a hesitações.
Naturalmente, todo aprendiz vive na organização que lhe é
própria. Cada qual permanece em casa, isto é, na criação individual ou no campo
de testemunho a que o Senhor o conduziu.
Geralmente, porém, jamais está sozinho.
Reduzido ou extenso, há sempre um séquito de afeições a
acompanhá-lo. Muita vez, contudo, a companheira, o pai e o filho não conseguem
mover-se além das zonas inferiores de compreensão, quando o discípulo, pelos
nobres esforços despendidos, se equilibra, vitorioso, na parte mais alta do
entendimento. Chegados a semelhante situação, muitos trabalhadores aplicados
experimentam dificuldades de vulto.
Não sabem separar as alfaias de adorno dos vasos essenciais,
as frivolidades dos deveres justos e sofrem dolorosos abalos no coração.
Indispensável se precatem contra esse perigo comum.
Cumpra-se a obrigação sagrada, atenda-se, antes de tudo, ao
programa da Vontade Divina, exemplifique-se a fraternidade e a tolerância,
acendendo-se a lâmpada do esforço próprio, mas que se não prejudique o serviço
divino da ascensão, por receio aos melindres pessoais e às convenções puramente
exteriores.
Um lar não vive simplesmente em razão das alfaias que o
povoam, transitoriamente, e sim pelos fundamentos espirituais que lhe
construíram as bases. Um homem não será superior porque satisfaça a opiniões
passageiras, mas sim porque sabe cumprir, em tudo, os desígnios de Deus.
(Vinha de Luz - Chico Xavier/Emmanuel)
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