sexta-feira, 27 de maio de 2011

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Pretos Velhos - Uma história de lutas, sabedoria & tolerância


Com certeza a mais carismática entidade que povoa os terreiros de Umbanda. A mística do Preto Velho é fruto de condições e circunstâncias únicas em terras brasileiras.
A sofrida vida dos escravos, trazidos da África, já bastante documentada e comentada, fazia com que os indivíduos, em função do penoso e extenuante trabalho a que eram submetidos, somado aos maus tratos, vivessem, em média, somente sete anos após sua chegada ao Brasil.

As mudanças no panorama econômico brasileiro, como a decadência do ciclo da cana-de-açúcar e a redução da atividade mineradora, fizeram com que uma grande leva de escravos migrados, para os centros urbanos, pudesse levar uma vida mais amena e conseguisse ter uma expectativa de vida mais longa.

Mesmo assim as condições de salubridade, nesta época, não favoreciam a longevidade.
Então surge a figura daquele escravo que, apesar das suas condições de vida, alcança idade avançada, personificando o patriarca da raça, cuja sapiência parece lhe ser conferida pelos cabelos brancos.

Nas sociedades tradicionais, a figura do idoso é um símbolo da experiência de vida e um pilar da cultura do grupo a que pertence; aquele que deve ser ouvido e cujos conselhos devem ser seguidos.

Vemos, portanto, o aparecimento de uma entidade cuja linha de trabalho é marcada pela tolerância, rústica simplicidade e um profundo sentimento de caridade. Só quem sofreu na carne as desventuras da vida, pode entender ou se aproximar da compreensão do sofrimento alheio, porque é possível responder a toda violência sofrida, com amor, sem nenhum sentimento revanchista ou de vingança.




sexta-feira, 6 de maio de 2011

Ah, o amor...

Um tio meu, cônego de prebenda inteira, costumava dizer que o amor
da glória temporal era a perdição das almas, que só devem cobiçar a
glória eterna. Ao que retorquia outro tio, oficial de um dos antigos
terços de infantaria, que o amor da glória era a cousa mais
verdadeiramente humana que há no homem, e, conseguintemente, a
sua mais genuína feição.



(Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis)

Salmo 27

O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei?

Quando os malvados, meus adversários e meus inimigos investiram contra mim, para comerem as minhas carnes, tropeçaram e caíram.

Ainda que um exército me cercasse, o meu coração não temeria; ainda que a guerra se levantasse contra mim, nele confiaria.

Uma coisa pedí ao Senhor e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e aprender no seu templo.

Porque no dia da adversidad me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá; por-me-á sobre uma rocha.

Também a minha cabeça será exaltada sobre os meus inimigos que estão ao redor d mim; pelo que oferecei em sacrifício de júbilo no seu tabernáculo; cantarei sim, cantarei louvores ao Senhor.

Ouve, Senhor, a minha voz quando clamo; tem também piedade de mim, e responde-me.

Quando tu disseste: Buscai o meu rosto; o meu coração te disse a ti: o teu rosto, Senhor, buscarei.

Não escondas de mim a tua face, não rejeites ao teu servo com ira. Tu foste a minha ajuda; não me deixes nem me desampares, ó Deus da minha salvação.

Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me recolherá.

Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e guia-me pela vereda direita, por causa dos que me andam espiando.

Não me entregues à vontade dos mesu adversários; pois se levantaram falsas testemunhas contra mim, e os que respiram crueldade.

Perceria sem dúvida se não cresse que veria os bens do Senhor na terra dos viventes.

Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração: espera, pois, no Senhor.

A Parábola do Semeador - Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec

5 - Jesus, ao sair de casa, sentou-se à beira-mar, e uma grande multidão de pessoas reuniu-se ao seu redor. Assim, Ele subiu em um barco, e...