segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Exercício de Renovação

Com a aproximação do final de um ano, costumamos desperdiçar energias, colocando-nos na "obrigação" de, com o início de um novo ano, tornar nossas vidas, realmente, novas. O desperdício de energias se dá, justamente, porque procuramos a nova vida, onde ela não está, ou seja, fora de nós.
Ingenuamente, imaginamos que a virada do ano acrescentará experiências felizes às nossas vidas, pelo simples fato de o calendário ter reiniciado, mas a vida segue seu rumo e suas leis irrevogáveis, independentemente da nossa imaginação mais ou menos fértil.
Buscar a adequação das nossas experiências, ao ditado popular: "Ano Novo, Vida Nova!", passa longe desta forma, porque não dizer, "acomodada", de encarar o "Novo Ano".
As mudanças necessárias para uma vida um pouco mais feliz, não iniciam com a aquisição de roupas desta ou daquela cor, não dependem do número de ondas que pularmos, ou até mesmo da quantidade de lentilha que comermos na ceia.
As mudanças partem, sim, do nosso olhar honesto para nós mesmos, identificando condutas, pensamentos e sentimentos, que não se encaixam com a vida que pretendemos para nós.
Iniciam com a compaixão, para com o nosso irmão mais próximo, seja aquele a quem mais amamos, ou aquele que ainda não amamos. Tenhamos a certeza, independente da nossa vontade atual, que o amor a eles será só uma questão de tempo, pois jamais alcançaremos a verdadeira felicidade, enquanto houver um só irmão nosso, vivendo infeliz, porque todos somos um.
Teremos um início de mudança, quando o nosso olhar honesto for dirigido para o nosso interior e percebermos que aquilo que é realmente importante na nossa vida e para a verdadeira felicidade, não está nas prateleiras das lojas e supermercados, nem em nossa conta bancária e que nada disso substitui o amor que deveríamos sentir, por nós mesmos, por nossos amigos, por aqueles que não consideramos tão amigos assim, por nossos irmãos "de sangue", por aqueles que não são "de sangue" e por Deus, acima de tudo, mas acima de tudo, mesmo!
Assistiríamos, impressionados, nossas vidas se tornarem novas de verdade, pela continuidade na prática de nos colocar no lugar do próximo, mais próximo, pelo exercício da entrega, não só de dinheiro, comida ou roupas, mas a entrega de um pouco do nosso tempo que seja, de nossa atenção, de nossos melhores sentimentos, a quem estiver necessitado. Poderíamos experimentar, quem sabe, a entrega daquilo que for importante para nós, em determinado momento.
O exercício da entrega poderia ser estendido, também, ao que se apresentar para nós, seja bom ou ruim, fácil ou difícil de encarar, sempre com o entendimento sereno, de que a felicidade virá, quando voltarmos nossas energias, para o que é, de fato, importante. O agir desta forma, sem dúvida, nos impulsionaria para uma existência mais elevada - mais próxima da verdadeira felicidade - e de acordo com a condição de filhos de Deus, o Criador de todas as coisas.
Assim, desejo o início de uma verdadeira vida nova, a todos nós e que ela tenha por pilares, os Ensinamentos do Cristo.
Uma nova forma de viver a vida, que é eterna, no sentido bíblico do termo, o que nos possibilita começar hoje, a construir, de forma efetiva, um novo amanhã, mesmo que esse amanhã não seja, exatamente, o dia seguinte.
Estejamos certos de que o direcionamento de todas as nossas energias, ao exercício diuturno do amor, ocasionará a interrupção do ciclo: "Ano Novo, Mesma Vida!", que gera tanta desesperança, tanta mágoa, tanto desamor!
Ao romper do Novo Ano, digamos em um só pensamento: Senhor, o meu compromisso é contigo e com teus ensinamentos imutáveis ao longo dos milênios, mas que até hoje não consigo praticar. Me ajuda, Senhor, a romper os grilhões da ignorância, que me atrelam a um mundo ao qual não pertenço e que me arrastam para a infelicidade, ao longo de séculos de existência, espírito imortal que sou. Que este Novo Ano represente para mim, o efetivo início da prática do amor, através da caridade, do perdão a mim mesmo e aos irmãos. Que a certeza de que tudo está como deveria estar, deite raízes fortes em meu coração, me preparando, para que um dia eu possa dizer do fundo da minha alma: Senhor, seja sempre feita a tua vontade, pois tu sabes o que tu fazes, não a minha, que nem consciência tenho, da minha condição de filho de Deus, espírito imortal. Por fim, que eu tenha a certeza inabalável em meu coração, que o único verdadeiro bem que temos é o amor, pois nada, nem a morte o destrói e que eu seja capaz de reconhecê-lo, quando ele se apresentar.
Feliz Vida Nova para todos nós, encarnados e desencarnados, e um ótimo exercício de renovação!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um dia...

– As lágrimas que me fizeram verter, eu perdoo.
As dores e as decepções, eu perdoo.
As traições e mentiras, eu perdoo.
As calúnias e as intrigas, eu perdoo.
O ódio e a perseguição, eu perdoo.
Os golpes que me feriram, eu perdoo.
Os sonhos destruídos, eu perdoo.
As esperanças mortas, eu perdoo.
O desamor e o ciúme, eu perdoo.
A indiferença e a má vontade, eu perdoo.
A injustiça em nome da justiça, eu perdoo.
A cólera e os maus-tratos, eu perdoo.
A negligência e o esquecimento, eu perdoo.
O mundo, com todo o seu mal, eu perdoo.

Eu perdoo também a mim mesma. Que os infortúnios do passado não sejam mais um peso em meu coração. No lugar da mágoa e do ressentimento, coloco a compreensão e o entendimento. No lugar da revolta, coloco a música que sai do meu violino. No lugar da dor, coloco o esquecimento. No lugar da vingança, coloco a vitória.

Serei naturalmente capaz de amar acima de todo desamor,
De doar mesmo que despossuída de tudo,
De trabalhar alegremente mesmo que em meio a todos os impedimentos,
De estender a mão ainda que em mais completa solidão e abandono,
De secar lágrimas ainda que aos prantos,
De acreditar mesmo que desacreditada.

(“Oração do perdão (O Aleph )” - paulocoelhoblog.com )

Canto de Oxum

Vinicius de Moraes
Composição: Toquinho / Vinicius de Moraes

Nhe-nhen-nhen Nhen-nhen-nhen-xo-rodô Nhe-nhen-nhen Nhen-nhen-nhen-xo-rodô
É o mar, é o mar Fé-fé xo-ro-dô!
Nhe-nhen-nhen Nhen-nhen-nhen-xo-rodô Nhe-nhen-nhen Nhen-nhen-nhen-xo-rodô

É o mar, é o mar Fé-fé xo-ro-dô!
Xangô andava em guerra
Vencia toda terra
Tinha ao seu lado Iansã pra lhe ajudar
Oxum era a rainha
Na mão direita tinha
O Seu espelho onde vivia a se mirar

Nhe-nhen-nhen Nhen-nhen-nhen-xo-rodô Nhe-nhen-nhen Nhen-nhen-nhen-xo-rodô
É o mar, é o mar, fé-fé xo-ro-dô!
Nhe-nhen-nhen Nhen-nhen-nhen-xo-rodô Nhe-nhen-nhen Nhen-nhen-nhen-xo-rodô

É o mar, é o mar Fé-fé xo-ro-dô!
Quando Xangô voltou
O povo celebrou
Teve uma festa que ninguém mais esqueceu
Tão linda Oxum entrou
Que veio o Rei Xangô
E a colocou no trono esquerdo ao lado seu

Nhe-nhen-nhen Nhen-nhen-nhen-xo-rodô Nhe-nhen-nhen Nhen-nhen-nhen-xo-rodô
É o mar, é o mar Fé-fé xo-ro-dô!
Nhe-nhen-nhen Nhen-nhen-nhen-xo-rodô Nhe-nhen-nhen Nhen-nhen-nhen-xo-rodô

É o mar, é o mar Fé-fé xo-ro-dô!
Iansã apaixonada
Cravou a sua espada
No lugar vago que era o trono da tradição
Chamou um temporal
E no pavor geral
Correu dali gritando a sua maldição
(Eparrei, Iansã)

Nhe-nhen-nhen Nhen-nhen-nhen-xo-rodô Nhe-nhen-nhen Nhen-nhen-nhen-xo-rodô

São Bento

Quem foi São Bento e o mistério da sua medalha milagrosa
Monica Buonfiglio

São Bento é invocado para proteger aqueles que sofrem qualquer tipo de magia. Além disso, sua oração e o uso da medalha destroem o poder do inimigo. Também ajuda a se livrar das calúnias. Acredita-se que o uso da sua medalha concede intuição para reconhecer os invejosos e afastar as pessoas sem caráter.

São Bento, nascido na Núrsia, interior da Itália, viveu entre os anos 480 a 547 e fundou o Mosteiro do Monte Cassino. Além de evangelizar, preservou e documentou muitos manuscritos; também deu assistência aos pobres e ensinou aqueles que desejavam aprender. Por isso, sua ordem, que tinha uma vasta biblioteca, se tornou um dos maiores centos culturais da Europa na Idade Média. Dedicou sua vida ao cristianismo criando a Regula benedicti (A Regra), com o lema era Ora et labora (reza e trabalha), cujo propósito foi o de criar normas sobre a vida em serviço à Deus. Os monges da sua ordem eram chamados de monges negros, pois suas vestes superiores eram da cor preta, diferenciando-se dos demais.

São Bento tinha a fama de ser telepata e muitos acreditavam que conseguia ler pensamentos; outros fenômenos misteriosos aconteceram com o santo, como andar sobre as águas, tirar água de pedras etc. Mas o que o torna tão popular é o uso da sua medalha, que é considerada milagrosa.

É conhecida a orientação de São Bento de se fazer o sinal da cruz sobre o cálice com qualquer líquido; caso estivesse envenenado ou ter recebido qualquer tipo de encantamento, ele se quebraria. A cruz sempre foi o signo do Santo que a utilizava como forma de proteção, salvação e afirmação da vida e obra de Jesus.

A Oração de São Bento
A Cruz sagrada seja minha Luz
Rogue por nós bem aventurado São Bento
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo

Crux Sacra Sit Mihi Lux
Non Draco Sit Mihi Dux
Vade Retro Satana
Nunquam Suade Mihi Vana
Sunt Mala Quae Libas
Ipse Venena Bibas

O que está escrito em sua medalha?

Verso
Eius in obitu nostro presentia muniamur.
"Que à hora de nossa morte, nos proteja Tua presença".
Em algumas medalhas vemos:
Crux Sancti Patris Benedicti, ou Sanctus Benedictus.

No seu reverso: Escrito em cada um dos quatro lados da cruz:
C. S. P. B. Crux Sancti Patris Benedicti.
Cruz do Santo Pai Bento
Vertical:
C. S. S. M. L.
Crux Sacra Sit Mihi Lux
Que a Santa Cruz seja minha luz
Horizontal:
N. D. S. M. D. Non Draco Sit Mihi Dux.
Que o demônio não seja o meu guia
Parte superior:
V. R. S.
Vade Retro Satana.
Afasta-te Satanás
N. S. M. V.
Nunquam Suade Mihi Vana.
Não me aconselhes coisas vãs
S. M. Q. L.
Sunt Mala Quae Libas.
É mau o que me ofereces
I. V. B.
Ipse Venena Bibas.
Bebe tu mesmo teu veneno
E:
PAX
Paz
E em algumas encontramos:
IESUS
Jesus

(www.terra.com.br)

Toques do Preto Velho



Os espíritos trabalhadores, designados de pretos velhos, nos repassam constantemente uma lógica que infelizmente, nós encarnados ainda estamos demorando em aplicar. Dizem eles, com sua maneira peculiar e simples de expressão, que no “mundo dos mortos” não existe raça, cor ou credo que diferencie as almas ou crie fronteiras, o que existe é o homem de bem e o homem que desaprendeu de ser bom. Baseado nisso, nos falam das lágrimas que insistem em cair de seus olhos, pela arrogância dos homens e de suas religiões que acabam se distanciando de Deus, pela pretensão de se adonar d’Ele, impondo a “sua” verdade.
As religiões ou os credos em geral, ainda existem por necessidade de nossos espíritos que se diferenciam na escala evolutiva, encontrando dentro de cada uma delas a melhor adaptação de “religar-se” ao Criador. O que fica desvalorizado aos olhos da Espiritualidade Superior é o combate que se trava entre os homens por questões religiosas como se vivessem em eterna disputa, chegando ao absurdo das ditas “guerras santas”. Por enquanto a humanidade percorre vários caminhos em busca dessa verdade, mas chegará o dia em que o Universalismo será pleno, então haverá um só rebanho para um só pastor. E como acontece no “andar de cima”, formaremos uma única corrente de trabalho, auxiliando a quem necessita, mostrando que a ferramenta mediunidade tem um só objetivo: - a caridade! Fora isso, tudo o mais fica por conta de nosso Ego.

Abaixo alguns ensinamentos ``toques`` trazidos por um destes queridos amigos espirituais:
Lá nos planos sutis, aonde vocês muitas vezes vão quando dormem, mas ao acordarem não se lembram, existe uma grande família espiritual a lhes esperar, velar e torcer por vocês. Quebrem a barreira vibracional com sentimentos e pensamentos elevados, levando seus corações até eles. Mate a saudade espiritual que existe dentro do seu peito. Deixe a intuição fluir. Os guias espirituais não são mestres intocáveis que vocês devem reverenciar, mas sim, são amigos de jornadas. Conheça - os, converse com eles, trabalhem juntos, mas sorriam e brinquem juntos também. Eles estão te esperando.

Mediunidade é coisa importante e séria, mas não diviniza nem inferioriza ninguém. Vocês sabem disso. Tem gente que pensa que ser grande médium é praticar fenômenos para “incrédulo ver”. Outros pensam que é se vestir todo com uma fantasia, “virar os olhos” e “rebolar” bastante. Não! Mediunidade é você trabalhar em parceria com os amigos do lado de cá para o bem de todos, apenas isso.

Vocês complicam muito as coisas. Na verdade tudo é muito simples. Pense na manifestação das criancinhas durante um processo mediúnico. Existe algo mais simples e belo do que isso?
Parem de julgar a manifestação mediúnica ou a experiência do outro. Você pode até não concordar, mas caso para ele faça sentido, deixe. É dele! Isso lembra muito a postura daquele que não consegue fazer melhor e por isso mesmo vive a criticar e apontar o defeito dos outros. As experiências espirituais muitas vezes são de foro íntimo, cada um busca a sua. E cada um fique feliz com a sua!

Aprendam também que a dedicação e o estudo ajudam muito. Mas o que realmente conta é o seu dia – dia, como pessoa comum, passando pelo crivo do grande mestre que é a vida. Não adianta nada estudar muito e praticar pouco, principalmente em relacao a humildade, tolerancia e amor.

Fazer caridade é muito bom. Se alem disso buscam esclarecer as pessoas, melhor ainda. Tem gente que acha que doando uma cesta básica de Natal ao desencarnar será “salvo”. Outros ainda se acham muito especiais e caridosos, verdadeiros missionários. Não caiam nessa bobagem. Saibam que, em verdade, ao auxiliar os outros vocês ajudam a si próprios. E quando fizer a caridade, também não apenas dê o peixe, ensine as pessoas a pescarem. “Caridade de consolação” ergue a pessoa, mas depois que ela já está de pé, está na hora de ensiná - la a andar, com a “caridade de esclarecimento”. Pensem nisso! Caridade faça sempre que surgir a oportunidade de auxiliar o irmão. Esclarecimento leve a todos os lugares, fazendo a sua aura brilhar e contagiando as pessoas com alegria e vontade de viver.

Trabalho em grupo é coisa séria, deve haver amizade, alegria, mas não é reunião social. Os guias escutam os seus pensamentos e não estão nada interessados em suas preferências físicas, nem em suas “paqueras” dentro do grupo, nem dão importância a isso. Tão pouco são cúmplices das fofocas, guerras de vaidade e ciúmes que existem dentro do mesmo. Um trabalho espiritual em grupo é uma benção e oportunidade única de evolução, tanto de encarnados como desencarnados. Aproveitem bem! Existe um montão de mestres esperando por vocês desse lado, mas muitas vezes eles não conseguem lhes amparar, afinal vocês não páram de pensar no “vizinho”, ou como a vida é difícil e injusta com vocês…

Os Orixás, os Mestres, os Anjos, os Devas, todos Eles amam a humanidade. Caso queiram fazer um ritual a algum Deles, tudo bem. Mas lembrem - se sempre: Vela acesa so tem valor se o coração estiver aceso antes. Caso contrário, não!

A energia de uma erva é poderosa e realmente cura, mas antes, suas próprias energias e o respeito com a vida vegetal devem ser grandes, caso contrário, é desperdício de tempo. Qualquer ritual de magia para o bem é lindo e bem quisto pela espiritualidade, mas não se perca no meio de muitos rituais e elementos e esqueça o essencial. O grande mestre da magia é o coração, e a grande força motriz é a sua mente. Lembrem - se disso.

Não sejam espiritualistas pela metade. Durante o dia vocês ficam pensando em espiritualidade, mas ao dormir, que é a grande hora onde o espírito se liberta do corpo físico, vocês não pensam em nada, ficam com preguiça e logo suas mentes são invadidas por um monte de coisas, adormecendo na mais perfeita desordem. No mínimo orem ao deitar-se. Agradeçam o dia, coloquem - se à disposição do aprendizado, aproveitem as horas de sono. Elas são chaves de acesso ao crescimento espiritual. Meditem nisso.

Eu sou um preto-velho. Pouco importa minha forma ou meu nome. O que importa é que eu sou luz, como vocês e todos nós, filhos da Grande Luz. O sol brilha em meu coração, no seu e em toda humanidade. Você ainda tem preconceito em relação a raças? A culturas diferentes? Religião? E julgam - se espiritualistas? Ora amigo, deixe disso! Lembre – se: todos viemos da mesma fôrma. Eu tenho apenas uma palavra para descrever o preconceito: ignorância!

Ignorância também são as paredes e preconceitos religiosos. Todos os mestres da humanidade pregaram o desprendimento, mas o que os seus seguidores mais fazem é ter o sentimento de posse em relação a Eles. E lá se vão guerras, ofensas e desarmonia entre uma religião e outra. E lá se vão discussões infindáveis entre doutrinas diferentes. Todos os caminhos levam a Deus, mas muitos acham que seu caminho é melhor do que dos outros, não é mesmo? Façam um favor à humanidade, meu filhos: vão voando nas asas do universalismo ecumênico! E parem com essas bobagens…

Do lado de cá nós adoramos música. Ela rejuvenesce a alma, acorda o coração e desperta a intuição. Aproveitem as músicas de qualidade. Elas são ótimas e verdadeiro brilho e alimento para vossos espíritos. Também escutem a música que os espiritos superiores cantam secretamente dentro do coração de cada um. É a música da Criação, ela está em todos, mas só pode ser escutada quando a mente silencia e o coração brilha. Pensem nisso!

Pensem também na natureza. Coloquem uma música suave. Direcionem - se mentalmente a um desses sítios sagrados, verdadeiros altares vivos do amor de Deus. Pensem na força curativa das matas, na força amorosa e pacificadora das cachoeiras, da limpeza energética que o mar traz ao espírito. Meditem neles. Isso traz sintonia, reciclagem energética e boa disposição. Façam isso por vocês e fiquem bem!

Por fim, dediquem - se mais ao autoconhecimento. Ele é muito importante. E um dia, mesmo que isso demore milênios, vocês se conhecerão tanto que realmente descobrirão sua natureza divina. Nesse dia, as cortinas da ilusão se abrirão e você verá o universo a sua frente. Não existirá mais Orun* (céu) nem Ayê* (mundo material). Nem eu nem você. Apenas Ele…Pai e Mãe dentro de nós mesmos!

Um Grande abraço
Pai Antônio de Aruanda e Fernando Sepe

(escrito por duas mentes em um só coração) Para quem não sabe, Pai Antônio de Aruanda é uma das amadas entidades representativas da falange dos Pretos Velhos que trabalham na Umbanda e em muitas outras linhas de trabalho como no Espiritistmo, muitas vezes se apresentando com outra roupagem e aparência em virtude do preconceito. Fernando Sepé é escritor e jornalista em São Paulo.
Paz e Luz

by Paulo Ricardo Suliani

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O Aumento

42. O Aumento. Aproveite a ocasião, a melhora é tanto material como espiritual, ajude àqueles que precisam crescer; elevando os outros também nos elevamos. Não tema em assumir responsabilidades. Confie na força interior.

Então é Natal...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Amar


Fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que te dediquei...

O amor é quando a gente mora um no outro


Mário Quintana

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Nada é só bom...

Nada é só bom”
A felicidade pode ser uma mercadoria ordinária, vendida e não entregue
Eliane Brum

ELIANE BRUM
Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).
elianebrum@uol.com.brAo assistir ao novo filme de Arnaldo Jabor, “A Suprema Felicidade”, fiquei desesperada porque não tinha uma caneta e um bloquinho. Eu nunca ando sem uma caneta e um bloquinho. Mas assisti ao filme na abertura do Festival de Cinema do Rio, na quinta-feira (23/9), vestida para festa e com uma daquelas bolsas ridículas onde mal cabem o batom e o dinheiro do táxi. Um problema quando ouvimos uma frase realmente ótima e tudo o que encontramos para retê-la é um bastão com algum nome bizarro como “beijo fatal”. Tive de apelar para a minha péssima memória porque há no filme algumas frases imperdíveis. Daquele tipo essencial, tão boas que parecem simples e até óbvias e você quer morrer por nunca tê-las escrito. Estas frases unem as memórias do cineasta, que vão emergindo no filme do mesmo modo que as lembramos na vida – sem linearidade e só aparentemente descosturadas. Fiquei repetindo-as durante toda a sessão para mim mesma. Consegui que sobrevivessem razoavelmente ilesas. E a primeira delas é a do título desta coluna: “Nada é só bom”.

Virou meu mantra desde então. Vejo tanta gente sofrendo por aí, achando que sua vida está aquém do que deveria ser, porque tudo deveria ser só bom. Não sei quando nos enfiaram garganta abaixo esta ideia absurda de um estado de felicidade absoluta. Uma espécie de nirvana a ser alcançado em que nada mais nos perturbaria e que seríamos felizes para sempre. Na verdade, só há um jeito de isso acontecer: podemos ser felizes e mortos. Porque este estado imperturbável, imune à vida, só se alcança na morte.

Acho que a grande causa atual de infelicidade é a exigência da felicidade. É o deslocamento do lugar da felicidade para o centro da vida, como um fim a ser alcançado e a medida de uma existência que valha a pena. Se nos lembrarmos bem dos contos de fadas, o “e foram felizes para sempre” era exatamente o fim da história. Era quando o conto morria num ponto final porque não havia mais nada relevante para ser contado. Tudo o que interessava, o que nos hipnotizava e nos mantinha pedindo a nossos pais ou à professora ou a nós mesmos “de novo, conta de novo”, era o que vinha antes. O desejo, as turbulências, os avanços e recuos, os tropeços e os arrependimentos, os erros, o frio na barriga, a busca. Tudo aquilo que é a matéria da vida de todos. O que realmente importa.

Acho impressionante a quantidade de adultos pedindo um final feliz para as suas vidas, para suas histórias de amor, para o sucesso profissional. Não há nenhum mistério no final. Independentemente do que cada um acredita, o fato é que no final a vida como cada um a conhece acaba. Para viver, o que nos interessa não são os pontos finais, mas as vírgulas. Os acontecimentos do meio, o enredo entre o primeiro parágrafo e o último.

Escrevo pequenas histórias de ficção em um site de crônicas e alguns leitores se manifestam, por comentários ou por email, reclamando do desfecho. Eles me ensinam sobre esta exigência da felicidade por toda parte. Pedem, com todas as letras, “um final feliz”. Sentem-se traídos porque não dou isso a eles. Mas voltam na semana seguinte para se perturbarem com o desfecho do novo conto e reclamar mais uma vez. São adultos pedindo histórias da carochinha. E consumidores bem treinados para achar que tudo é produto de consumo.

Acham que ofereço a eles cachorro-quente. Por favor, um pouco mais de mostarda, duas salsichas, menos pimenta no molho. É muito interessante. Mas, de algum modo, algo nos meus “finais infelizes” os engata. Porque, em vez de me deixar para lá e ler algo mais “feliz”, voltam por alguma razão. Talvez descobrir se me rendi a tal da felicidade.

A ideia de felicidade como um fim em si mesmo encobre e desbota tanto a delicadeza quanto a grandeza do que vivemos hoje, faz com que olhemos para nossas pequenas conquistas, nossos amores nem sempre tão grandiloquentes, nosso trabalho às vezes chato, como se fosse pouco. Apenas porque nem a conquista nem o amor nem o trabalho é só bom. E há uma crença coletiva e alimentada pelo mundo do consumo afirmando que tudo deveria ser só bom. E se não é só bom é porque fracassamos.

Deixamos então de enxergar a beleza de nosso amor imperfeito, de nossa família imperfeita, de nosso trabalho imperfeito, de nosso corpo imperfeito, de nossos dentes imperfeitos e até de nossas taxas de colesterol imperfeitas. De nossos dias imperfeitos. Escolher como olhamos para nossa vida é um ato profundo de liberdade que temos descartado em troca de propaganda enganosa.

Tanta gente se esquece de viver o que está aí em troca desta mercadoria ordinária chamada de felicidade. Que, como toda mercadoria, tem essência de fumaça. Se tivesse de escolher entre esta felicidade de plástico que vendem por aí e a infelicidade, preferiria ser infeliz. Pelo menos, a infelicidade me faz buscar. E a felicidade absoluta é mortífera, ela mata o tempo presente.

Não tenho nenhum interesse por esta pergunta corriqueira: “Você é feliz?”. Acho uma questão irrelevante. O que me interessa perguntar a mim mesma – e pergunto a todos a quem entrevisto é: “Você deseja?”

Saiba mais

»Nossa Sociedade - Eliane BrumDesejar é o contato permanente com o buraco, com a falta, com a impossibilidade de ser completo. Desejar é o que une o homem à sua vida. Une pela falta. Tem mais a ver com um estado permanente de insatisfação. Não a insatisfação que paralisa, aquela causada pela impossibilidade da felicidade absoluta; mas a insatisfação que nos coloca em movimento, carregando tudo o que somos numa busca permanente de sentido. Desejar é estar sempre no caminho, conscientes de que o fim não importa. O fim já está dado, o resto tudo é possibilidade.

No filme de Arnaldo Jabor, as melhores frases são de Noel, avô do personagem principal, vivido pelo enorme Marco Nanini. Numa ocasião ele diz ao neto: “Ninguém é feliz. Com sorte, a gente é alegre”. E completa: “A vida gosta de quem gosta dela”. Achei de uma simplicidade brilhante. É isso, afinal. É claro que há uns poucos momentos de felicidade, mas, como diz Noel em seguida, eles duram no máximo uns 10 minutos e se vão para sempre.
Em vez de ficar perdendo tempo com finais felizes ou se perguntando sobre a felicidade ou invejando a suposta felicidade do vizinho ou se sentindo mal porque não é um personagem de comercial de margarina, vale mais a pena tratar de viver. Tratar de gostar da vida para que ela goste de você.

Aliás, nada me dá mais medo do que gente que vive como se estivesse num comercial de margarina. Se aceitarem um conselho: corram dessas vidas de photoshop. Elas não existem. Gente de verdade vive do jeito possível – e tenta lembrar que o possível não é pouco. Isso não significa se acomodar, pelo contrário. Mas abrir os olhos para a novidade do mundo na soma subtraída de nossos dias, desejar a vida que nos deseja.

É como em outra frase, esta dita por um comprador ambulante de coisas antigas num momento crucial do filme. Um delirante Noel, assustado com a proximidade da morte e disposto a retomar a alegria, sacode na rua o personagem de Emiliano Queiroz, gritando: “Hoje é sábado, hoje é sábado”. E o comprador de coisas que já perderam o sentido diz a frase antológica, digna de um frasista como Nelson Rodrigues: “O sábado é uma ilusão”.

Sim, o sábado é uma ilusão. Então, lembre de viver também de segunda a sexta.

(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Why to shout?

« Google Alerts surprises10 SEC READ: why to shout?
Published on September 23, 2010 in News. 104 Comments Share

story sent by Anupam Karn

A master asked his disciples:
‘Why do we shout in anger? Why do people shout at each other when they are upset?’

the disciples thought for a while, and one of them said
‘Because we lose our calm, we shout for that.’
‘But, why to shout when the other person is just next to you? ‘Isn’t it possible to speak to him or her with a soft voice? Why do you shout at a person when you’re angry?’
The disciples gave him some other answers but none satisfied the master.

Finally he explained:
‘When two people are angry at each other, their hearts distance a lot. To cover that distance they must shout to be able to hear each other. The angrier they are, the stronger they will have to shout to hear each other through that great distance.’

Then the master asked:
‘What happens when two people fall in love? They don’t shout at each other but talk softly, why? Because their hearts are very close. The distance between them is very small…’
And he finally said:
‘When they love each other even more, what happens?
‘They do not speak, only whisper and they get even closer to each other in their love.
‘Finally they even need not whisper, they only look at each other and that’s all. That is how close two people are when they love each other.’

terça-feira, 14 de setembro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Confiança

Quando você planta uma semente na terra ela pode se parecer com qualquer outra semente, marron e seca, sem nenhum sinal aparente de energia vital. No entanto você a coloca na terra com confiança, e no momento certo ela começa a crescer. Ela sabe exatamente no que ela vai se transformar. Você só sabe o que plantou porque estava escrito na embalagem, mas você acredita que determinada planta vai nascer daquela semente, e é o que acontece. Quando você planta as idéias e pensamentos certos em sua mente, você deve fazê-lo com absoluta confiança, acreditando que somente o que é perfeito vai nascer delas. À medida que sua confiança se torna mais forte e inabalável, essas idéias e pensamentos construtivos começam a crescer e se desenvolver. Assim você alcança o sucesso em tudo. É o poder interior presente em cada um de nós que faz o trabalho. Sou Eu dentro de você.

Despertar é preciso




Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma flor do nosso jardim e não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.



Vladimir Maiakóvski

by Paulo Ricardo Suliani

Podemos sorrir

Podemos sorrir, nada mais nos impede
Não dá pra fugir dessa coisa de pele
Sentida por nós, desatando os nós
Sabemos agora, nem tudo que é bom vem de fora
É a nossa canção pelas ruas e bares
Nos traz a razão, relembrando palmares
Foi bom insistir, compor e ouvir
Resiste quem pode à força dos nossos pagodes...


Trecho da música "Coisa de Pele" de Jorge Aragão

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Se Apartada do Corpo a Doce Vida

Se apartada do corpo a doce vida,
domina em seu lugar a dura morte,
de que nasce tardar-me tanto a morte
se ausente d'alma estou, que me dá vida?
Não quero sem Silvano já ter vida,
pois tudo sem Silvano é viva morte,
já que se foi Silvano, venha a morte,
perca-se por Silvano a minha vida.
Ah! suspirado ausente, se esta morte
não te obriga querer vir dar-me vida,
como não ma vem dar a mesma morte?
Mas se n'alma consiste a própria vida,
bem sei que se me tarda tanto a morte,
que é por que sinta a morte de tal vida.
Violante do Céu

Eu

Eu sou a que no mundo anda perdida,
eu sou a que na vida não tem norte,
sou a irmã do sonho, e desta sorte
sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
e que o destino amargo, triste e forte,
impele brutalmente para a morte!
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...
Sou talvez a visão que alguém sonhou.
Alguém que veio ao mundo pra me ver
e que nunca na vida me encontrou!

Florbela Espanca

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

VERDADE

"People will do anything, no matter how absurd, to avoid facing their own souls." — Carl Gustav Jung

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Tempo de Homenagens

Cinquenta e sete anos de uma produtiva vida profissional tornam árdua, a tarefa de discorrer sobre ela. O professor, o policial e o advogado, com certeza, tinham suas histórias para contar, algumas divertidíssimas, outras marcantes, mas todas com a marca registrada dele: a dedicação.

Os livros importados sobre Biologia, os slides dos conteúdos para apresentar nas aulas, feitos na antiga “Casa Masson” e o carinho dos ex-alunos quando o encontravam na rua, são algumas das recordações da época do Professor Sobbé.

Graduado em “História Natural”, lecionou no Colégio Ruy Barbosa e não pensava muito no salário ao preparar as aulas. Gostava muito de ser professor e da matéria que lecionava, acompanhando, inclusive, a evolução do desempenho alunos, pois dizia que só assim poderia ver se era um bom professor.

Posteriormente, as atividades como policial civil, o absorveram por completo, mas sempre tinha tempo para os programas sobre a vida animal na televisão, seus prediletos, e toda a vez que encontrava um ex-aluno na rua, sorria satisfeito quando o cumprimentavam dizendo: Professor!

Na Polícia Civil ingressou aos 18 anos, mas foi como titular da Delegacia de Furtos que se tornou conhecido. O Delegado Sobbé obteve a titulação de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais em 1971, pela UNISINOS.

Defendia o inquérito policial e uma instituição policial forte e autônoma e trabalhou muito por isso, mesmo depois de aposentado. Obteve o respeito e o reconhecimento de seus colegas de profissão. Exerceu a chefia do Departamento de Trânsito, do Departamento de Polícia Metropolitana e foi o Chefe de Polícia do Estado. Foi titular da 3ª Delegacia, da Delegacia de Furtos e da antiga "Delegacia de Estrangeiros" e foi professor de Legislação de Trânsito, na Escola de Polícia.


Em 1983 pediu a aposentadoria e, a partir daí, iniciou a fase do Advogado Frederico Eduardo Sobbé. Como não poderia deixar de ser, seus primeiros clientes, foram policiais aposentados, atendidos por ele em uma ação relativa aos proventos de aposentadoria, a quem chamava, carinhosamente, de “meus velhinhos”.
Anos depois, voltou a lecionar na Escola de Polícia. Nesta oportunidade, a disciplina de Direito Processual Penal.
O início como advogado ocorreu em uma sala emprestada de um amigo, na Rua Uruguai. Anos depois, comprou o próprio escritório na Rua Andrade Neves. Trabalhou enquanto pode. Repetia sempre: “O trabalho engrandece o homem.”

Pai, daqui a quinze dias, incrivelmente, vai completar um ano!!! Um ano que estamos tentando apreender e aceitar que há tempo para tudo debaixo do céu, como diz o Eclesiastes, 3.

Tempos difíceis. Tempos de deixar de abraçar. De qualquer forma, me sinto abençoada por ter um pai como tu!!! Te amo! Que Deus esteja sempre contigo!

Agnes

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Algumas conclusões óbvias do que li e ouvi em busca de algumas respostas

1. Orar ao Criador de todas as coisas, todos os dias;
2. Vigiar meus pensamentos todos os minutos, para que eu não me impressione tanto com as coisas que não são próprias de um espírito imortal filho de Deus;
3. Ter sempre presente a importância do conhecimento, pois este é o verdadeiro patrimônio e a verdadeira conquista;
4. O mal é criação do homem e está em mim o poder para lhe dar crédito ou não;
5. Ainda sobre o mal, devo levar em consideração, que se Deus é infinitamente justo e bom, que se a luz e a verdade só vêm dele, o mal durará apenas e tão somente, o tempo necessário para atender os objetivos estabelecidos por Ele, depois disso, retornará ao seu nada original;
6. Só o que vem de Deus é real;
7. A gratidão emociona, devo lembrar de agradecer;
8. Somos todos espíritos imortais em aprendizado, isso me inclui;
9. Só o que importa da experiência de encarnados são as lições apreendidas, pois como toda a experiência, ela é apenas uma fração de um todo. Não importando quanto tempo esta experiência dure, se uma semana, um mês ou a encarnação inteira, ainda assim, ela será apenas um episódio ocorrido dentro de um contexto maior, pois somos todos imortais;
10. É muito importante apreender a ser manso e pacífico, pois nos remete à realidade de que a única verdade vem de Deus e não de qualquer de nós, logo não precisamos guerrear uns com os outros para prevalecer o que imaginamos certo para determinada situação, até porque, só Deus sabe de tudo, inclusive do que escondemos até de nós mesmos.

A Carta - Djavan

"... Ah, segurei o meu pranto para transformar em canto
E para meu espanto minha voz desfez os nós
Que me apertavam tanto
E já sem a corda no pescoço, sem as grades na janela
E sem o peso das algemas na mão
Eu encontrei a chave dessa cela
Devorei o meu problema e engoli a solução
Ah, se todo o mundo pudesse saber
Como é fácil viver fora dessa prisão
E descobrisse que a tristeza tem fim
E a felicidade pode ser simples como um aperto de mão
Entendeu?

É esse o vírus que eu sugiro que você contraia
Na procura pela cura da loucura,
Quem tiver cabeça dura vai morrer na praia."

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Vem pra cá

Não ver você, não tem explicação
é caminhar pela escuridão
ficar a fim e não poder falar
querer o sim e não se acostumar
com a solidão, o medo de amar
estranho vazio no seu olhar
eu tento achar em algum lugar
o amor que você deixou pra trás
vem pra cá ...
(Papas da Língua)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A todos os ditadores, opressores, etc.

Apesar De Você
Chico Buarque



Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão

Apesar de você
amanhã há de ser outro dia
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar

Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro

Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
de "desinventar"
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar

Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria

Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença

E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
antes do que você pensa
Apesar de você

Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia

Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente,
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar,
Na sua frente.
Apesar de você
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai se dar mal, etc e tal,
La, laiá, la laiá, la laiá??


(Não sei porque, mas acordei com essa música na cabeça hoje..... kkkkkk)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Fernando Pessoa

Não tenhas nada nas mãos, nem uma memória na alma. Senta-te ao sol. Abdica. E sê rei de ti próprio.

@pessoa_fernando

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Four steps to inner peace

By John J. Murphy

Photo courtesy of Richard0 via C.C. license at FlickrHow long has it been since you held a negative thought or responded in a critical way? Think carefully. Consider all situations: a traffic jam, a slow computer, an unfriendly neighbor, a demeaning boss, a loss of money, an excessive bill, an ache or pain. Do you find that you experience criticism and judgment frequently? Do certain people and situations tend to annoy you? Are you someone who gets agitated and stressed often?

We all have "tests" like these to pass, sometimes daily and frequently hidden in disguise. It is one of the great wonders of life as spiritual beings in human form, fearless souls bound by fearful, negative ego thinking and doubt. As human beings, we feel anxiety and stress when we fear the future and we feel grief, guilt, and remorse when we hold thoughts of doubt or regret about the past. These thoughts of fear and doubt aiming at a time other than the eternal now weigh us down and distract us, often manifesting the very results we wish to avoid. Oh, the games the mind can play.

Thankfully, we have "tools" and methods we can use to free ourselves of these limiting beliefs and mental baggage. The Ring of Peace is one such tool. It is a four-step, ongoing, iterative discipline that we use to (1) Let Be, (2) Let Go, (3) Let See, and (4) Let Flow. Think of these four steps in a circular (ring) format that spirals upward as we ascend to new heights of awareness and consciousness.

We begin with the "Let Be" step. Here we learn to let be the traffic. If it is here and now, it is here and now. Take a deep breath. Chill out. Let be the slow computer. Let be the unfriendly neighbor. Let be the demeaning boss. Rather than try to change the situation -- which is already happening in the now -- try changing your mind about the situation. It is what it is. He is who he is. She is who she is. Relax. Appreciate the moment. Respect the contrast. Meditate on it. Breathe easy. Give thanks for the very breath you just took. Listen for your heart beat. Be mindful. Remind yourself that you have the power to respond differently. Challenge your "autopilot" thinking, your subconscious mind. Deliver yourself from ego. Be response-able. Getting upset, impatient, irate, or critical does not help. It only hurts -- you!

The tendency to allow dark, negative thoughts into your mind is dangerous. These judgmental thoughts carry a very low, potentially harmful vibration, a frequency that attracts to you the very dark, negative experiences you wish to avoid.

Let these thoughts and feeling go. This is step two. Let Go. To liberate ourselves, we must begin with the mind. We must release the clutter, barriers, and obstacles obstructing our view, the mental blindfolds and subconscious paradigms preventing us from seeing peace and love and joy in the world. It is here and now, abundant and infinite, always. The kingdom of heaven is indeed within. Seek it and you will find it. But we cannot see it if we are wearing blindfolds, or holding on to dark, negative thoughts. Infinite love and grace cannot be seen from an ego perspective. Thus, step three, Let See, requires that we let go. These steps are interdependent and dynamic. One without the others nullifies the entire model.

We know we are in the "Let See" mode when the world appears different to us. All living and sentient beings appear magnificent and beautiful. The traffic jam gives us time to relax and listen to soothing music on the radio or meditate or people watch. The slow computer gives us time to be friendly with a customer or catch up on another important task. The unfriendly neighbor and demeaning boss now appear to us as souls in pain, suffering, calling out for love -- perhaps without even realizing it. We see past the ego interpretation of the situation, with its skepticism and doubt, to the deeper, more compelling truth -- the oneness of us all. It is here that we begin to experience step four, Let Flow.

When we are in flow, we are in a highly productive, timeless, and spiritual state. This means that we feel no fear, no doubt, no grief or regret, no anxiety or stress. We are "in the zone," doing precisely what we are meant to be doing, almost effortlessly. We are harmonizing with life force. Here is the peace of mind we all seek, consciously and subconsciously. Here is our natural state of grace, our true home, and our essence. Let be, let go, let see, and let flow.

Try the Ring of Peace to free yourself from any doubt and despair, anxiety and stress weighing you down. Use the tool to liberate your spiritual Self and allow your true essence to shine through. Notice that each step begins with "Let." Let yourself be free. Let your Self be one with Source Energy, one with God. And when you complete it, remember to use it again . . . and again . . . and again. What we sow is what we reap. World peace begins with each one of us. The world cannot be at peace if you are not.

John Murphy is a spiritual mystic serving as a business consultant, leadership development teacher, process improvement expert, and management coach. He is the founder of Venture Management Consultants, Inc., a firm specializing in creating lean, high performance work cultures, and author of numerous books including Beyond Doubt: Four Steps to Inner Peace, from which this article is excerpted.

(www.patheos.com )

terça-feira, 27 de julho de 2010

Lula passa dos limites.

Deu em O Globo
Deu no The New York Times: ‘Lula passa dos limites’
Reportagem publicada ontem no jornal americano "The New York Times" afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desrespeitou leis eleitorais ao fazer campanha para a presidenciável Dilma Rousseff (PT).

O texto, intitulado "Presidente do Brasil trabalha para emprestar popularidade à protegida", diz que "o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está tentando fazer o possível para que seu pó mágico grude em sua sucessora escolhida, Dilma Rousseff, para convencer os eleitores a elegê-la como a primeira presidente do Brasil".

Lula, ainda segundo a reportagem, "teria passado dos limites" e, por isso, foi multado. O jornal destaca o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como forma de "tornar Dilma viável".

@blogdoNoblat

Apotegmas XVIII

Vi o milionário saltar da limusine, caminhar tranqüilamente para dobrar a esquina e penetrar na mansão onde mora. Antes de dobrar, exatamente na dobra da esquina, e nas dobras da noite, lhe saiu um trintoitão na cara acompanhado da voz surda de um sujeito que ele mal viu por trás de galhos: "Passa tudo e não chia!"

Homem do mundo, acostumado aos azares e venturas da economia da vida, o rico banqueiro não se deixa assustar. Apenas aconselha: "Calma, amigo. Passo tudo e não chio, que não sou besta. E vou te dizer uma coisa, reconheço o teu valor - você faz o que pode para conseguir o que precisa.

Como me assalta deve saber quem sou, um banqueiro, um capitalista. Mas, curiosamente, não sabe quem é, pois aceita o vergonhoso epíteto de assaltante. E, no entanto, você é um capitalista igualzinho a mim. Só que, até agora, conseguiu capital apenas pra se estabelecer com um trinta e oito. Boa noite. Posso ir?

@millorfernandes

Pensamentos e Atitudes

"Você não pode fugir das consequências de seus próprios pensamentos e atos. Então faça com que eles sejam os melhores que você puder."

@ralphmarston

terça-feira, 6 de julho de 2010

Clássico Brasileiro

Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
São trezentos picaretas com anel de doutor
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
São trezentos picaretas com anel de doutor
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou

Eles ficaram ofendidos com a afirmação
Que reflete na verdade o sentimento da nação
É lobby, é conchavo, é propina e jeton
Variações do mesmo tema sem sair do tom
Brasília é uma ilha, eu falo porque eu sei
Uma cidade que fabrica sua própria lei
Aonde se vive mais ou menos como na Disneylândia
Se essa palhaçada fosse na Cinelândia
Ia juntar muita gente pra pegar na saída

Pra fazer justiça uma vez na vida
Eu me vali deste discurso panfletário
Mas a minha burrice faz aniversário
Ao permitir que num país como o Brasil
Ainda se obrigue a votar por qualquer trocado
Por um par se sapatos, um saco de farinha
A nossa imensa massa de iletrados
Parabéns, coronéis, vocês venceram outra vez
O congresso continua a serviço de vocês
Papai, quando eu crescer, eu quero ser anão
Pra roubar, renunciar, voltar na próxima eleição
Se eu fosse dizer nomes, a canção era pequena
João Alves, Genebaldo, Humberto Lucena
De exemplo em exemplo aprendemos a lição
Ladrão que ajuda ladrão ainda recebe concessão
De rádio FM e de televisão
Rádio FM e televisão
[...]
(Paralamas do Sucesso)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

São João/Xangô Menino


Ai, Xangô, Xangô menino
Da fogueira de São João
Quero ser sempre o menino, Xangô
Da fogueira de São João

Céu de estrela sem destino
De beleza sem razão
Tome conta do destino, Xangô
Da beleza e da razão

Viva São João
Viva o milho verde
Viva São João
Viva o brilho verde
Viva São João
Das matas de Oxóssi
Viva São João

Olha pro céu, meu amor
Veja como ele está lindo
Noite tão fria de junho, Xangô
Canto tanto canto lindo

Fogo, fogo de artifício
Quero ser sempre o menino
As estrelas deste mundo, Xangô
Ai, São João, Xangô Menino

Viva São João
Viva Refazenda
Viva São João
Viva Dominguinhos
Viva São João
Viva qualquer coisa
Viva São João
Gal canta Caymmi
Viva São João
Pássaro proibido
Viva São João

(Composição: Caetano Veloso/Gilberto Gil)

São João

O Balão vai subindo
Vem vindo a garoa
O Céu é tão lindo
E a Noite é tão boa
São João, São João
Acende a fogueira do meu coração

Capelinha de Melão

Capelinha de melão
É de São João
É de cravo, é de rosa,
É de manjericão
São João está dormindo
Não acorda, não
Acordai, acordai,
Acordai, João!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago

Poema à boca fechada


Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.

Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.

Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.

Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.

Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Follow your destiny

Fernando Pessoa (1888 – 1935 Lisbon, Portugal)


Follow your destiny,
Water your plants,
Love your roses.
The rest is shadow
Of unknown trees.

Reality is always
More or less
Than what we want.
Only we are always
Equal to ourselves.

It’s good to live alone,
And noble and great
Always to live simply.
Leave pain on the altar
As an offering to the gods.

See life from a distance.
Never question it.
There’s nothing it can
Tell you. The answer
Lies beyond the Gods.

But quietly imitate
Olympus in your heart.
The gods are gods
Because they don’t think
About what they are.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Há tempo para tudo...

TUDO tem o seu tempo determinado e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer e tempo de morrer;
Tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar e tempo de curar;
Tempo de derrubar e tempo de edificar;
Tempo de chorar e tempo de rir;
Tempo de prantear e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras;
Tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar;
Tempo de buscar e tempo de perder;
Tempo de guardar e tempo de lançar fora;
Tempo de rasgar e tempo de coser;
Tempo de estar calado e tempo de falar;
Tempo de amar e tempo de odiar;
Tempo de guerra e tempo de paz.
(Eclesiastes, 3)
Tempos difíceis os de aceitar a mudança de tempo, de aceitar que tudo é impermanente na vida, inclusive nosso estágio como encarnados.
Difícil aceitar a mudança do tempo de abraçar, por exemplo, para o tempo de afastar-se de abraçar. Como é difícil ficar longe, fisicamente, daqueles a quem amamos.
Difícil, também, aceitar o tempo de calar, quando gostaríamos de poder falar.
A análise desta passagem, ressalta a necessidade de tomarmos consciência que somos regidos, na verdade, pelas leis imutáveis de Deus e que uma delas regula o tempo certo das coisas.
Tudo acontece na hora e da forma certas e todos estamos onde deveríamos estar, mas como é difícil entender e aceitar isto.
Nos defrontamos a todo momento com situações extremas, chocantes até, quando uma espécie de "tsunami" invade nossas vidas, sem nos pedir licença e somos compelidos a assimilar estas situações e a prosseguir nossa caminhada, mesmo diante do impacto que nos causam. Como é difícil entender e aceitar a parte do Pai Nosso que diz: "seja feita a Vossa Vontade", entender que colhemos o que plantamos e que, não poderemos esperar a colheita de maçãs, se plantarmos cebolas e que se somos livres para plantarmos, não seremos livres no tempo da colheita que é determinada pelo tempo da semeadura.
Muito mais difícil, nestes tempos "tsunami" é manter a confiança no Criador de todas as coisas e ter a coragem de entregar a Deus aqueles a quem amamos, sem que nos seja permitido saber um detalhe sequer do que estão enfrentando.
Ter a coragem de prosseguir acreditando no amor e deixando para trás o medo, a tristeza, a dor e os sonhos que gostaríamos de ter concretizado, mas não tivemos tempo, pois era a hora do tempo "tsunami".
Acima de tudo, se faz necessário encarar (e perdoar) estas realidades tão duras que enfrentamos e entender que, na realidade, elas nada mais são do que pistas colocadas em nosso caminho, para apreendermos a verdade sobre nós mesmos e que cada um de nós somos professores uns dos outros nesta descoberta.

Agnes Sobbé



sexta-feira, 11 de junho de 2010

Fragilidade e Fortaleza

Viver imerso em um turbilhão de sentimentos sufocantes, na solidão, cercado de pessoas, assim como viver, tentando entender e administrar tantos conflitos interiores, tornam o ser humano fechado, introspectivo, egoísta e, de forma aparente, enquadrado em outros adjetivos não muito elevados.
Somos surpreendidos, com frequência, pela doença, pela morte de entes queridos e por tantos revezes, causadores de uma dor tão profunda na alma, que ficamos incapazes de pensar a respeito dela, que dirá de falar no assunto.
Além disso, o compartilhar de dores e tristezas pressupõe encontrarmos a tolerância de nossos irmãos com o sofrimento ou a caridade, que muitas vezes se resume em ouvir com amor.
Entretanto, o que mais encontramos pela frente são opiniões, conselhos, julgamentos e conclusões. Algumas delas, de uma precisão cirúrgica, outras, entretanto, veladas e afiadas, ferinas mesmo, mais parecendo uma condenação proferida por algum tribunal de exceção.
Todos parecem ter uma receita perfeita para superação de momentos difíceis, nós é que "teimamos" em não ouví-los. Faça como eu! Dizem alguns. Eu faria diferente, dizem outros!Apreende-se, entretanto, com o passar dos anos, que por detrás de tantas impropriedades ditas e praticadas com a maior naturalidade, atrás de tantas palavras e atos, que parecem ser o que não são, encontramos, na maioria das vezes, seres humanos em conflito por causa de alguma fragilidade, ou do que entendem ser fragilidade.
Apreende-se, também, que os mesmos males que nos afligem, afligem os nossos companheiros de jornada, só que muitas vezes com sintomas diferentes. Quem nunca foi vítima de preconceito, orgulho ou prepotência? Quem nunca foi preconceituoso, orgulhoso ou prepotente?
A verdade que se escancara diante de nossos olhos, é que nos tornamos frágeis, justamente por não enfrentarmos nossas fragilidades, com a tranquilidade de quem sabe que todos somos iguais e que todos teremos que subir os mesmos degraus da evolução humana, porque Deus é justo e perfeito.
O que nos torna frágeis, é acreditarmos que poderemos parecer fortes, sem que o sejamos de verdade.
O que nos torna frágeis, é acreditarmos que somos superiores, quando abençoados pela abundância, seja material, intelectual ou moral, pois se recebemos este patrimônio, alguma missão temos a cumprir. (A quem muito foi dado, muito será pedido).
A nossa fragilidade se revela de forma incontestável, ainda, quando abençoados pela abundância, acreditamos que somos iguais, ou até superiores a Deus, detentores de poder ilimitado, inclusive, sobre os destinos alheios.
A verdadeira superioridade, entretanto, não convive de forma passiva, letárgica até, com as misérias intelectuais, morais ou materiais, pois neste caso não estamos diante de seres superiores, mas de egoístas e orgulhosos, que imaginam ser beneficiários de vantagens, somente para seu deleite intelectual, moral ou material, sem qualquer compromisso que não seja com eles mesmos.
Sem nenhum medo de parecer ignorante ou obcecada pela religião, sempre busquei auxílio para enfrentar as situações da vida, no Evangelho ou na Bíblia e me lembro agora, de uma passagem da Segunda Epístola de Paulo Apóstolo aos Coríntios:

E disse-me (o Senhor): a minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então sou forte. cap. 12, verss. 9 e 10.

Percebo, diante da magnitude moral destas palavras, é que tantas injúrias, perseguições e angústias, nada mais são do que a ausência do amor entre irmãos em Cristo.

O verdadeiro amor não é compatível com julgamentos, injúrias, orgulho, vaidade ou preconceitos. Se ainda agimos assim, e sem nenhum medo de parecer imperfeita, agimos, é porque ainda temos muito o que evoluir em amor e ainda não nos conscientizamos de que somos seres iguais, criados pelo amor e para o amor.

O verdadeiro amor, não se compatibiliza com falsos intelectualismos, pois sabe que estes são, na verdade, manifestações de orgulho e vaidade, nem com ostentações ou falsos moralismos, pelos mesmos motivos

Precisamos, na verdade, tomar consciência, o mais rápido possível, de que se estamos todos na mesma escola, para o mesmo aprendizado, não há doutores, mestres ou especialistas. Apenas, e tão somente, aprendizes da Grande Obra de Deus.

Agnes Sobbé


terça-feira, 8 de junho de 2010

A Miséria já teve a sua função Social

Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo
Falar da miséria nos alivia porque para nós, os bacanas, a miséria é apenas um problema existencial. Muitos artistas e intelectuais que falam na miséria como tema de livro ou filme, ou políticos que usam a miséria como curral eleitoral, ganham dinheiro ou votos com a miséria dos outros. Ou seja, a miséria dá lucro.


Na verdade, para entendermos o horror que nos envolve, temos de analisar os que "não" são miseráveis, a burguesia, as classes médias, a estrutura do País, a formação torta do Estado. Quem quiser fazer uma tese ou ficção sobre o atraso nacional tem de estudar os "formadores" da miséria ? os séculos de oligarquias e patrimonialismo. Um estudo psicológico sobres alguns de nossos principais líderes políticos explicaria mais o País do que cem volumes economicistas. Nós fazemos parte da miséria brasileira. Em nós, e não nos morros e periferias, está o segredo, ou melhor, a explicação para a ignorância e o desabrigo de nosso povo.

A miséria de nossa formação não atingiu apenas os escravos libertos, os subempregados, os analfabetos. A miséria atingiu a todos nós. Não na blindagem de nossos carros apavorados, mas na blindagem de nossos corações contra o lado de fora da vida. Não basta sofrermos com o "absurdo" da miséria. Ela é uma construção minuciosa feita por um sistema complexo. A miséria não é absurda; ela é uma produção.

Há alguns anos, a miséria era vista com vagos sentimentos caridosos. Ela era até idílica, nas "favelas dos meus amores". Tolerávamos tristemente a miséria, desde que ela ficasse longe, quieta, sem interferir na santa paz de nosso escândalo. A miséria tinha quase uma... "função social".

Contra nossa vontade, hoje sabemos que a miséria se entranha em nosso egoísmo, na busca maníaca de felicidade e prazer, esquecendo a existência do "outro" ? este ser longínquo e desagradável. Pouquíssimos de nós pensam como o imperador filosofo Marco Aurélio: "O que é bom para a abelha tem de ser bom para a colmeia."

Além disso, a miséria não está apenas naqueles que se lixam para ela, mas também nos que se acham seus "proprietários", que a consideram seu latifúndio ideológico.

Existe a política da miséria dentro da miséria de nossa política. Transformar a miséria em bandeira, sem entender o conjunto que nos inclui, usar a miséria para uma simplificação oportunista de "ricos e pobres", usar a miséria como um divisor de águas para a complexidade de nossos problemas é uma atitude miserável e resulta nos vexames a que temos assistido neste governo, que tem o alívio hipócrita de ser "contra" ela ? isso justificou roubalheiras, crimes e mentiras, legitimou a invasão do Estado pelos "amigos" do povo, que fazem sucesso junto aos ignorantes que adulam na mídia da política virtual. Os pelegos sempre se disfarçaram de pobres.

A miséria está nos "sanguessugas", está nas emendas espertas ao orçamento, está na sordidez do sistema eleitoral, está na falsa compaixão dos populistas, está nas caras cínicas, torpes, "lombrosianas" dos ladrões congressistas, está na Lei arcaica e sem reformas, está na atitude olímpica e gelada de juristas impassíveis, está nos garotinhos na rua e nos garotinhos da política.

Mas o tempo passou e a miséria cresceu ? a espuma suja na champanha do progresso. Com o avanço da indústria de armas, das drogas, da internet, a miséria foi tocada pela evolução do capitalismo e começou a se modernizar. A violência é, de certa sinistra forma, um "upgrading" na miséria, antes tão dócil. A violência nos pegou de surpresa, com velhas armas. Ninguém sabe o que fazer. Antes, os governantes oscilavam entre a repressão sangrenta, entre a queima de favelas ou a construção de guetos. Mas, hoje, a miséria é grande demais para ser erradicada. Somos miseráveis porque poderíamos ter um país muito melhor e não sabemos fazê-lo. A miséria habita nosso egoísmo, nossa cegueira proposital em não ver o mal e a dor dos desvalidos.

É miserável nossa fome de consumo supérfluo, é miserável nossa angústia por pequenos problemas, nossas neuroses de mínimas causas, é miserável o que pagamos a empregados frágeis, é miserável nossa ideia de posse no amor e no sexo. Somos miseráveis porque até os ricos poderiam lucrar com a justiça social, mas eles só pensam a curto prazo; somos miseráveis na alma, em nossa amarga alegria, em nossa ignorância política, em terrores noturnos, em síndromes de pânico, em noites vazias nos bares ameaçados, nos perigos das esquinas, em amores despedaçados; a miséria está no esforço para esquecê-la, no narcisismo deslavado que aumenta entre as celebridades, na ridícula euforia das sacanagens e nas liberdades irrelevantes. A miséria está até na moda ? vejam este texto de um catálogo "fashion": "Use uma calça bacana, toda desgastada, bata na calça com martelo, dê uma ralada no asfalto, ou esfregue a calça com lixa, ou por fim, atropele seu jeans, passe por cima dele com o carro (blindado?). A moda pede peças puídas, como ficam depois de um ataque das traças ou baratas. E se você tem algo a dizer sobre a vida, diga com sua camiseta, nas estampas com frases no peito..."

Só que antes, só falava de miséria quem não era miserável; só falava em "fome" quem comia bem. Agora, os miseráveis nos olham e nos criticam.

Hoje, a miséria desfila nas ruas ameaçadoramente, de sandália, bermudas e corpo nu. Não se esconde pelos cantos mendigos. Nossas elites desatentas estão mais ligadas e percebem aos poucos que nós é que temos de nos reformar. Não tem mais jeito; a miséria tem de ser integrada a nossas vidas. Temos de conviver com ela, pois também somos miseráveis.

E mais: os miseráveis não esperam nada de nós ou dos governos. Estão indo à luta. Não resolveremos nada. Eles é que vão fazer isso. A miséria está nos modernizando.

(www.estadao.com.br )

terça-feira, 1 de junho de 2010

Exercício de Humildade

Homens, por que lamentais as calamidades que vós mesmos amontoastes sobre vossas cabeças? Menosprezastes a santa e divina moral do Cristo, não vos espanteis, pois, que a taça da iniquidade tenha transbordado de todas as partes.
A inquietação torna-se geral; a quem inculpá-la senão a vós que procurais incessantemente vos esmagar uns aos outros? Não podeis ser felizes sem benevolência mútua, e como a benevolência pode existir com o orgulho?
Por que tendes em tão grande estima aquilo que brilha e encanta aos olhos, antes daquilo que toca o coração? Por que o vício da opulência é o objeto de vossas adulações, quando não tendes senão um olhar de desdém para o verdadeiro mérito na obscuridade? Que um rico debochado, perdido de corpo e alma, se apresente em qualquer parte e todas as portas lhe são abertas, todos os olhares são para ele, enquanto que mal se digna conceder um cumprimento de proteção ao homem de bem que vive de seu trabalho. Quando a consideração que se concede às pessoas é medida pelo peso do ouro que possuem, ou pelo nome que ostentam que interesse podem elas ter de se corrigirem de seus defeitos?
Ocorreria diversamente se o vício dourado fosse fustigado pela opinião pública como o vício em andrajos; mas o orgulho é indulgente para com tudo que o lisonjeia. Século de cupidez e de dinheiro, dizeis. Sem dúvida, mas por que deixastes as necessidades materiais usurpar o bom senso e a razão? Por que cada um quer se elevar acima do seu irmão? Hoje, a sociedade sofre disso as consequências.
Não esqueçais que um tal estado de coisas é sempre um sinal de decadência moral. Quando o orgulho atinge os últimos limites, é indício de uma queda próxima, porque Deus pune sempre os soberbos. Se os deixa, algumas vezes, subir, é para lhes dar tempo de refletirem e de se emendarem sob os golpes que, de tempo em tempo, ele dá em seu orgulho para adverti-los; [...] Bispo de Argel - 1862.
(Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo VIII - Bem-Aventurados os Pobres de Espírito)
A nossa idéia de felicidade, ainda está, intrinsecamente, condicionada ao máximo de bem estar material que possamos alcançar em uma existência.
É como se viéssemos a este mundo, para usufruir todos os excessos materiais possíveis de serem alcançados por um encarnado, encerrando a nossa jornada de ganância, com a morte do corpo físico.
Buscamos, na realidade, o luxo, a riqueza, a ostentação e o poder, de forma tão intensa que desencarnamos e continuamos vivendo experiências junto com os encarnados, em razão desta forte ligação com a matéria.
Reencarnamos, ávidos pelos bens materiais e por tudo o que o dinheiro proporciona, sem suspeitar de onde vem nosso valor.
Não tomamos consciência de que somos espíritos em aprendizado neste Planeta, e que nossa vida não se iniciou no nascimento, nem terminará com a morte.
Também não percebemos que somos filhos de Deus, espíritos imortais e que pela dinâmica da vida, temporariamente, nos achamos investidos em um corpo físico, para apreender as lições do Cristo.
Desta forma, passamos a vida terrena dilapidando o patrimônio que nos foi confiado por Deus, experimentando todos os vícios que a nossa invigilância ainda permite, nos desviando da tarefa que viemos cumprir e perseguindo objetivos que passam longe da grandeza da criação de Deus.
Nos imaginamos investidos, inclusive, do poder de cobrar de Deus, melhores condições para a vida terrena, esquecendo que, por mais dinheiro que tenhamos, nada nos coloca sequer próximos a Ele, menos ainda, acima do Pai.
Com os cofres abarrotados e com todas as portas terrenas se abrindo diante de nós, dizemos que Deus nos ama, mas basta uma contrariedade, ao ideal de vida terrena e já nos achamos preteridos pela sorte e pela providência Divina.
Recebemos de Deus a inteligência, os ensinamentos do Cristo, um pai e uma mãe, que com todas as limitações que, eventualmente, tenham, concordaram em nos conceder a vida terrena, para que pudéssemos exercitar o amor.
Muitos de nós, ainda temos a benção de um lar seguro para o repouso, de uma família, de amigos, de trabalho, de saúde, de um meio ambiente saudável, de alimento, de recursos financeiros, mas nossa principal preocupação, não é com a gratidão ao Pai e com o cumprimento de nossa missão.
Reduzimos a nossa importância, ao montante existente em nossas contas bancárias, mas perdemos o tempo, nos queixando que Deus não nos dá importância. Não entendendo, por mais duramente que sejamos atingidos, que só o amor importa e é este que nos eleva, não o dinheiro ou os bens materiais.
Assim, guardamos ano após ano, um amontoado de itens inúteis, sob o pretexto de que poderemos precisar. Enquanto isso, nossos irmãos de jornada vão sucumbindo, moral e fisicamente, diante do frio, da fome e da falta de abrigo material e espiritual.
Não dedicamos aos necessitados, sequer o nosso supérfluo, que dirá um pouco do que, para nós, é necessário. Nos limitamos a conviver com a miséria material e espiritual, como se fosse um incômodo suportável, fingindo que ela não existe. Tudo isso, para que nada nos tire de nossos "berços esplêndidos".
Se o auxílio for uma palavra de conforto, então, somos, na maioria das vezes, os seres mais egoístas do Planeta, pois não dedicamos nem uma parte de nosso precioso tempo, a ouvir com amor, um irmão necessitado e, se possível, lhe proporcionar algum conforto.
Com o mesmo egoísmo, voltamos para nossos lares, ao final de cada dia, imaginando que desempenhamos, a contento do Criador de todas as coisas, a nossa missão. Certos de que as privações da vida terrena não são obstáculos criados para nós.
Mas Deus não trata desigualmente os iguais. Infinita, é sua Justiça.
Diferentemente de nós, encarnados, que nos achamos superiores uns aos outros, como se nunca tivéssemos cometido uma falta, ou nunca tivéssemos infringido Suas Leis.
Desta forma, terminamos por falir em nossas missões e por retardar, ainda mais, o nosso progresso espiritual, iludidos pelo poder que o dinheiro confere e, esquecidos de que, se Deus nos outorgou algum poder, não foi para esmagarmos com o nosso orgulho desmedido, nossos irmãos em Cristo.
Normalmente, não abala o nosso repouso, as duras provas a que estão submetidos nossos irmãos, muitos buscando o alimento do corpo, no lixo e bebendo para suportar as agruras morais e o frio que são obrigados a enfrentar.
As ilusões da matéria são muitas, mas o dia de hoje é o momento de plantarmos o que pretendemos colher amanhã. Assim, não poderemos ficar surpresos, quando sofrermos os chamados "golpes da sorte", pois Deus, que é infinitamente Justo e Bom, nos conferiu o livre arbítrio, para que pudéssemos optar, no dia de hoje, entre plantar de acordo com suas leis imutáveis, ou de acordo com o nosso orgulho, para que no futuro colhamos apenas aquilo que plantarmos.
Chegará o dia, apesar de tudo, em que despertaremos para aquilo que, efetivamente, viemos fazer neste Planeta, em que poderemos dizer com toda a humildade e amor possíveis: "Senhor, que seja sempre feita a Tua Vontade e não a nossa".
A partir de então, poderemos começar a colher mais bençãos do Pai e a nos aproximar da verdadeira felicidade.
Agnes Sobbé

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Exercício de Amor

Não vos inquieteis pela posse do ouro, ou da prata, ou de outra moeda em vossa bolsa. Não prepareis nem um saco para o caminho, nem duas roupas, nem sapatos, nem bastão, porque aquele que trabalha, merece ser alimentado.
Em qualquer cidade ou em qualquer vila que entrardes, informai-vos de quem é digno de vos alojar, e permanecei com ele até que vos fordes. Entrando na casa, saudai-a dizendo: Que a paz esteja nessa casa. Se essa casa dela for digna, vossa paz virá sobre ela; e se ela não for digna, vossa paz retornará a vós.
Quando alguém não quiser vos receber, nem escutar vossas palavras, sacudi, em saindo dessa casa ou dessa cidade, o pó de vossos pés. Eu vos digo em verdade , no dia do julgamento , Sodoma e Gomorra serão tratadas menos rigorosamente do que essa cidade. (Mateus, Cap. X, v. de 9 a 15)
(Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XXV - Não coloqueis a Candeia sob o Alqueire)
Refletir sobre as palavras de Cristo nunca é tarefa fácil, ainda mais quando analisamos uma passagem da Bíblia com conteúdo moral tão profundo e que pode ser vista sob tantos pontos de vista, como esta.
Sob um enfoque, entretanto, podemos partir do princípio de que somos todos espíritos imortais, temporariamente, utilizando um corpo físico (material), para que possamos nos exercitar na lição maior deixada por Cristo: o Amor.
O maior mandamento, nos ensina o Evangelho, é: 'Ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.'
Entretanto, criaturas milenares que somos, ainda não apreendemos a amar nem a nós mesmos, que dirá ao próximo, mais próximo ou a Deus, o Criador de todas as coisas.
Por isso, acredito que reencarnamos: para exercitarmos o amor.
O exercício em questão exige em nossa 'bagagem' de reencarnados, não as roupas, o alimento do corpo, sapatos ou bastão, mas os ensinamentos do Cristo.
Apesar disto, reencarnamos e perdemos de vista o propósito que nos trouxe a este abençoado planeta, esquecendo o que é do espírito e passando a nos ocupar, quase que de forma exclusiva, com o que é da matéria.
Assim, nos afastamos de Deus, preocupados com as múltiplas questões atinentes à vida de encarnados e, esquecidos de que esta é uma fração de segundo para o espírito, deixamos o aprendizado de lado, agregando em nossa bagagem espiritual, a única verdadeira, mais obstáculos à felicidade, criados pela nossa invigilância.
O forte apelo consumista, o dinheiro, status social e econômico, consomem a maior parte do tempo em que permanecemos acordados, quando a nossa preocupação principal, deveria ser o exercício do amor em tudo o que fazemos, ou em tudo o que deixamos de fazer.
Assim, sem confiar em Deus, pouco aproveitamos a oportunidade que Ele nos dá, para exercitarmos o amor a nós mesmos, pois continuamos sem nos aceitar como seres em evolução, sem perdoar as nossas imperfeições, não nos olhando com olhos de amor, nem tomando consciência, mesmo aos poucos, que somos ricos, pois sequer desconfiamos da magnitude de nossas experiências, conhecimento e do poder de nossa inteligência e que estes constituem o nosso verdadeiro patrimônio, dispensando qualquer excesso materialista de nossa parte.
Perdemos a oportunidade, de exercitar também, o amor ao próximo, ao não entender que todos somos um e que, por isso, o sofrimento alheio poderia e deveria ser amenizado, quando surgem as oportunidades, pois não seremos felizes verdadeiramente, enquanto tiver algum irmão nosso sofrendo. Igualmente, poderíamos aproveitar a oportunidade da reencarnação para debitar aquilo que julgamos serem as faltas dos nossos irmãos, ao fato incontestável de que ninguém vai à escola, se cumpriu todo o calendário escolar.
Via de consequência, se estamos todos no mesmo planeta, denominado no plano espiritual de "escola", o verbo falhar deveria ser conjugado em todas as suas formas, evitando que nos preocupássemos mais em julgar e condenar nossos irmãos, do que com o nosso aperfeiçoamento espiritual.
A parte relativa ao amor a Deus sobre todas as coisas, passa ao largo de nossas preocupações enquanto encarnados, na medida em que não confiamos em sua Bondade, Justiça e Perfeição, mesmo tendo sido alertados por Cristo, para a necessária confiança Nele:
"Não se vendem cinco passarinhos por dois ceitis? E nenhum deles está esquecido diante de Deus.
E até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos. [...]" (Lucas 12, v. 6 e 7)
Forçoso concluir, portanto, que estamos longe de entregar a Deus, o nosso amor incondicional, de trazer a certeza do Seu amor em nossos corações. O amamos enquanto não sofremos qualquer contrariedade em nossos interesses mundanos.
Quando nos falta a saúde, o dinheiro, a comida, o trabalho e tantas outras preocupações próprias de espíritos encarnados, sem meditar um segundo sequer de nossas vidas, acerca do profundo significado da oração do Pai Nosso, nos deixamos dominar pelo sentimento de revolta e passamos a acreditar que Deus nos abandonou.
A verdade, entretanto, é que raramente oramos e raramente nossas preces vêm do coração. Na maioria das vezes, nossa conversa com Deus é muito similar à dos fariseus.
Esquecemos, inclusive, de orar pedindo orientação, como não lembramos de orar para agradecer as imensas riquezas que Deus nos dá todos os dias de nossa vida, por acreditarmos mais neste mundo, do que em Seu Reino.
Agnes Sobbé

Você gastou sua cota

Assim ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer

Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis

Tão fácil perceber
Que a sorte escolheu você
E você cego nem nota

Quando tudo ainda é nada
Quando o dia é madrugada
Você gastou sua cota

Eu não posso te ajudar
Esse caminho não há outro
Que por você faça
Eu queria insistir

Mas o caminho só existe
Quando você passa

Quando muito ainda pouco
Você quer infantil e louco
Um sol acima do sol

Mas quando sempre é sempre nunca
Quando ao lado ainda é muito mais longe
Que qualquer lugar

ô... Um dia ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis

Se a sorte lhe sorriu
Porque não sorrir de volta
Você nunca olha a sua volta
Não quero estar sendo mal
Moralista ou banal
Aqui está o que me afligia

ô... Um dia ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer

Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis...

(Skank - Acima do Sol)

A Parábola do Semeador - Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec

5 - Jesus, ao sair de casa, sentou-se à beira-mar, e uma grande multidão de pessoas reuniu-se ao seu redor. Assim, Ele subiu em um barco, e...